Brasil tem como monitorar pragas e doenças do conillon do Vietnã, diz ex-secretário de Defesa Agropecuária
O Brasil tem condições tranquilas de cumprir os requisitos fitossanitários para barrar qualquer lote de café do Vietnã que possivelmente não esteja em conformidade com a legislação brasileira. A opinião categórica é de Ênio Marques, ex-titular da Secretaria de Defesa Agropecuária, apoiando a postura do ministro Blairo Maggi em exigir rigor na importação do café robusta, como, por exemplo, a Certificado Fitossanintário emitido pela Organização Internacional de Proteção Fitossanitária do Vietnã (ONPF), com declaração adicional relacionada ao controle de pragas.
Marques, que deixou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2013, foi mais longe: “Normalmente as pragas importadas vêm com material genético trazido de forma ilegal e pelo menos no histórico de 40 anos o Brasil nunca internou uma praga vinda pelos fluxos comerciais corretos”.
Significa, na argumentação do hoje assessor da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), que o controle de doenças é fácil de ser monitorado pelo Brasil, “bastando aplicar as medidas técnicas de identificação na origem”.
Entre outras formas de controlar os riscos, em último caso, Ênio Marques lembra também que o Mapa pode até exigir que “algum pré-beneficiamento seja feito no Vietnã”.
Por: Giovanni Lorenzon