Cafeicultores de Honduras projetam quinto lugar na produção mundial
Honduras pode passar a ser o quinto maior produtor de café do mundo se atingir a meta de colher mais de 10 milhões de quintais (16,67 milhões de sacas de 60 kg) na temporada 2016/17.
O grande desafio agora é a mão de obra em Honduras, que é escassa. A colheita do café no país está em 55% da produção.
Astério Reyes, presidente do Conselho do Instituto do Café de Honduras (Ihcafé) disse que o destaque da colheita no país está nas áreas mais baixas, enquanto os trabalhos no campo nas áreas mais altas acontecem entre fevereiro e março.
"Estamos agora em sexto lugar na produção em todo o mundo e gostaríamos de passar para o quinto, mas só vamos ter sucesso se todos os números forem atingidos", disse Reyes, acrescentando que o país ocupa o primeiro lugar na América Central e o terceiro no continente.
As exportações de café do país até 12 de janeiro somaram 1,4 milhão de sacas de 46 kg, o que representa um crescimento de 47% em relação ao ano anterior e 338,8 mil sacas a mais.
Em relação à receita, as exportações somaram US$ 197 milhões no acumulado, de acordo com relatórios da Associação de Exportadores de Café de Honduras (Adecafeh).
70% das exportações foram para a Europa, 24% para América, 5% para a Ásia e 1% para a Oceania.
Alemanha, Estados Unidos, Bélgica, Itália e França são os maiores compradores.
"Se vencermos algumas adversidades, creio que podemos avançar", disse Reyes sobre as expectativas de posicionar o país em quinto lugar na produção mundial.
Uma delas é a melhoria das estradas e a mais grave é o contrabando. Na colheita anterior, reportaram fugas de mais de 800 mil quintais (1,33 milhão de sacas de 60 kg).
Os executivos do Ihcafé garantem que se houver escassez de mão de obra nacional para a colheita poderão trazer mais trabalhadores de países vizinhos. Até agora, foi reportada a entrada de 55 mil cortadores, dos quais 30 mil provêm de El Salvador e Guatemala nas fazendas do ocidente.
Tradução: Jhonatas Simião