Aumenta concentração na indústria de café no Brasil
Mais uma indústria de café genuinamente brasileira pode estar mudando de mãos. Pelo menos parte dela. Se concretizada a operação, as novas decisões virão do outro lado do Atlântico.
A holandesa JED (Jacobs Douwe Egberts), uma das gigantes mundiais do setor de café e chás, anunciou nesta segunda-feira (23) intenção de adquirir no Brasil o portfólio de marcas locais de café torrado e moído da Cacique. A empresa brasileira manterá os negócios com o café solúvel.
Entre as marcas estão o tradicional café Pelé, o Graníssimo e o Tropical, segundo comunicado das empresas.
A compra de indústrias brasileiras por estrangeiros se acentuou nos últimos anos. Entre as seis principais empresas do setor, apenas uma é de capital nacional, a Maratá, que atua no Norte e no Nordeste.
Os negócios mais recentes se concentram em empresas brasileiras que atuam no Sul do país, onde está a Cacique.
O apetite estrangeiro pelo mercado brasileiro tem um bom motivo. É no Brasil que há um dos maiores crescimentos de consumo da bebida. No ano passado, a evolução foi de 3%.
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