Consumidores de São Paulo elegem o Café da Bahia como o Melhor do Brasil

Publicado em 17/01/2017 15:17

Mesmo com a forte chuva que caiu na manhã desta terça-feira (17) em São Paulo, 18 consumidores apaixonados por café marcaram presença na primeira etapa do Júri Popular para ajudar na escolha dos melhores lotes do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café. A seleção contuará nesta quarta, quinta e sexta-feira com consumidores do Paraná, Espírito Santo e Bahia, respectivamente.

O resultado de todas as etapas somará na nota final dos 8 lotes previamente selecionados, em dezembro, pelo Júri Técnico, composto por provadores e especialistas. A pontuação do Júri Técnico corresponde a 70% da nota final de cada lote. Faltam agora as notas de sustentabilidade da propriedade, com peso de 15%, e esta avaliação do Júri Popular, cuja pontuação equivale aos 15% restantes.

Promovido pela ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, o concurso passou a contar com o Júri Popular na edição de 2015. O objetivo foi incluir a opinião e percepção sensorial dessas pessoas, que gostam de café, na escolha dos melhores grãos do Brasil. Além disso, com essa divisão das etapas por estado participante, a ABIC leva em consideração as diferenças de hábitos  e costumes dos consumidores de cada região.

Em São Paulo, o Júri Popular foi realizado na Escola Senai “Horácio Augusto da Silveira”, no bairro da Barra Funda, das 10h às 12h. Os participantes elegeram o café produzido por Antônio Rigno de Oliveira em São Judas Tadeu, em Piatã, Bahia, que ficou em segundo lugar no Júri Técnico, com 8,38 pontos.

A segunda etapa do Júri Popular será em Londrina, quarta-feira (18), no IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná, das 11h às 13h. Na quinta-feira (19) acontecerá a etapa do júri capixaba, que se reunirá na sede da FINDES – Federação das Indústrias do Espírito Santo, das 11h às 13h. E encerrando a maratona, está a etapa com os consumidores baianos, que se reunirão na sexta-feira (20), das 10h às 12h, na sede da FIEB – Federação das Indústrias do Estado da Bahia.

Em todas as etapas os trabalhos começam com uma palestra, a ser feita por um profissional da ABIC, sobre o Programa de Qualidade do Café (PQC), cuja metodologia é única no mundo, pois analisa as propriedades do produto já torrado e moído, da mesma forma que o consumidor encontra nas prateleiras dos supermercados. Na sequência, os participantes provam separadamente e às cegas (sem saber a origem) o café de cada lote, preparado em filtro. Eles fazem a seleção seguindo o método da escala hedônica, expressando o grau de gostar ou desgostar, de forma geral, ou em relação a um atributo específico (fragrância, aroma, acidez, amargor, adstringência, corpo e sabor). A ABIC optou por este tipo de avaliação por ser amplamente utilizada na mensuração de atributos sensoriais de alimentos e entre testes de preferência.

Para Ricardo de Sousa Silveira, presidente da ABIC, a inclusão dos consumidores no processo de seleção é um reconhecimento e uma homenagem que a entidade faz aos brasileiros, que consomem 40% da safra anual do grão, fazendo-o presente em 98% dos lares, representando um consumo médio de 81 litros por habitante/ano.

Calendário

No dia 26 de janeiro serão divulgados o café campeão e a relação dos finalistas, conforme soma das notas do Júri Técnico, Júri Popular e Sustentabilidade.

De 26 de janeiro a 3 de fevereiro acontecerá o leilão desses cafés, aberto a torrefadoras, cafeterias e demais pessoas jurídicas interessadas. Nesta edição, os lances poderão ser visualizados e acompanhados diretamente no portal da ABIC (abic.com.br), permitindo maior competição entre os participantes.

No dia 7 de fevereiro serão divulgadas as empresas campeãs do leilão, que são aquelas que deram os maiores lances. Todos os cafés serão industrializados e chegam aos consumidores em abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.

Fonte: Asscom ABIC

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