CNC: Liberações do Funcafé atingem R$ 3,619 bilhões até dia 16 de dezembro

Publicado em 23/12/2016 13:55

BALANÇO SEMANAL — 19 a 23/12/2016

SAFRA RECORDE — Na quinta-feira, 22 de dezembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou seu quarto levantamento para a safra 2016 de café do Brasil, apontando a colheita do volume recorde de 51,37 milhões de sacas de 60 kg, volume que representa crescimento de 18,8% na comparação com as 43,24 milhões de sacas produzidas em 2015.

Desse total, 43,38 milhões sacas se referem à variedade arábica, montante 35,4% superior ao colhido no ciclo anterior, principalmente devido ao "aumento de 46 mil hectares na área em produção, incluindo a incorporação de novas localidades que se encontravam em formação e renovação, além das condições climáticas mais favoráveis".

No que diz respeito ao café robusta, cuja safra foi estimada em 7,98 milhões de sacas, houve redução de 28,6% frente à temporada anterior, em especial por causa da diminuição de 4% na área produtiva e pelos problemas climáticos pontuais, como seca e má distribuição de chuvas por dois anos consecutivos no Espírito Santo e estiagem nas fases críticas das lavouras na Bahia e em Rondônia. Nas lavouras rondonienses, as perdas não foram maiores porque a quebra foi amenizada pela entrada de novas áreas de café clonal, cuja produtividade é superior às tradicionais.

O relatório completo pode ser conferido no site do CNC, através do link https://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=14.

LIBERAÇÕES DO FUNCAFÉ — O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, nesta semana, a atualização das liberações de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que chegou, até o dia 16 de dezembro, a R$ 3,619 bilhões, ou 78,58% do total de R$ 4,606 bilhões contratados pelos agentes financeiros (vide gráfico abaixo – clique para ampliar).

Do volume repassado, R$ 1,522 bilhão foram destinados à linha de Estocagem; R$ 837,5 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 582,428 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 258,550 mi para Cooperativas de Produção, R$ 181,839 mi para Indústrias de Torrefação e R$ 142,039 mi para Indústrias de Solúvel); R$ 665,086 milhões à linha de Custeio; e R$ 12,331 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.

FELIZ NATAL E PRÓSPERO 2017 — A assessoria de comunicação do CNC informa que estará de recesso ao longo da próxima semana, em função das festividades de fim de ano. Aproveitamos o ensejo para desejar um abençoado Natal a todos os amigos e parceiros do Conselho Nacional do Café e deixar votos de que 2017 seja um ano próspero, repleto de saúde, paz, realizações, benfeitorias, bons acontecimentos e de serenidade e leveza em todo o mundo. Agradecemos, ainda, a caminhada conjunta que tivemos durante 2016 e que ela se intensifique no ano que vem. Feliz Natal e vindouro 2017!

MERCADO — Com fraco volume de negócios, devido às festas de final de ano, os futuros do café acumularam perdas nesta semana, resultado dos movimentos especulativos visando à realização de lucro no curto prazo. 

Em movimento alinhado com o cenário externo, a cotação do dólar comercial, ontem, foi de R$ 3,2993, registrando queda de 2,7% em relação ao fechamento da semana anterior. 

Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,391 por libra-peso, com queda de 335 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento março do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.064 por tonelada, com desvalorização de US$ 19 frente à última sexta-feira.

Até o momento, o clima segue favorável ao desenvolvimento da safra 2017/18 de café no Brasil, motivando a realização de tratos culturais e criando expectativas de boa produtividade, conforme divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). 

No entanto, a próxima safra será menor, por ser ano de bienalidade negativa na produção de arábica em importantes origens produtoras, como o Sul de Minas, o Cerrado Mineiro e a Mogiana Paulista. 

A variação normal devido à bienalidade do arábica será agravada pelo fato de muitos produtores terem optado pela safra zero e por parte dos cafezais estarem debilitados pela combinação de alta produtividade neste ano e enfrentamento de períodos de condições climáticas adversas entre 2014 e 2016. 

A produção de robusta voltará a ser aquém do potencial, pelo terceiro ano consecutivo, devido ao período de estiagem prolongada enfrentada pelos cafeicultores capixabas. Porém, o Cepea também informou que “o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras do Espírito Santo e de Rondônia renovou as esperanças de cafeicultores” e o rendimento da safra 2017 tende a ser melhor. 

No mercado doméstico, os negócios continuaram fracos, conforme esperado para esta época do ano. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 494,76/saca e a R$ 490,14/saca, respectivamente, com variações de 0,4% e 0,8% em relação ao fechamento da semana anterior.

 

Fonte: CNC

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