Café: Bolsa de Nova York dá seguimento às perdas e cai mais de 200 pontos na tarde desta 3ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE futures US) seguem operando com perdas na tarde desta terça-feira (29). Pela manhã, os vencimentos mais próximos já trabalhavam com quedas, diante da alta do dólar no Brasil. Novamente, o mercado opera buscando direcionamento, refletindo cenário de câmbio e dólar no Brasil.
Às 13h50, o contrato março/17 anotava perdas de 210 pontos e cotado a 154,55 cents/lb, enquanto que maio/17 cedia 195 pontos e negociado a 156,95 cents/lb. O vencimento julho/17 operava a 158,90 cents/lb, com desvalorização de 205 pontos. Já setembro/17 estava caindo 200 pontos e referência de 160,80 cents/lb.
Informações do vice-presidente da Price Futures Group e analista, Jack Scoville, apontam que os futuros continuavam anotando movimentação diante das informações de dólar no Brasil. Por volta das 14h, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,400 na venda, com alta de 0,46 %. A agência de notícias Reuters aponta que o dólar refletia a queda do petróleo, além da movimentação na política no Brasil.
Em seu relatório semanal, o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, explica que os futuros do café estavam rompendo patamares importantes com as constantes quedas nas bolsas internacionais. “É importante o Março ficar acima de US$ 155.40 centavos/libra, onde está a média-móvel de 100 dias, caso contrário Nova Iorque pode buscar os US$ 148.60 centavos, outro ponto-chave para não reverter a atual aposta na alta dos preços em baixa”, explica.
No quadro climático, chuvas estão previstas para o cinturão de café do Brasil, segundo apontam informações dos principais institutos meteorológicos. Uma nova frente fria trouxe precipitações para os próximos cinco dias, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
No mercado físico, por volta das 10h00, o tipo 6 duro era negociado a R$ 565,00 pela saca de 60 quilos em Varginha (MG), assim como no fechamento de ontem. Em Espírito Santo do Pinhal (SP), a referência se mantinha em R$ 550,00 pela saca e em Guaxupé (MG) também.