Café: Após se aproximar de US$ 1,55/lb, Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta tarde de 6ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) passaram a cair nesta tarde de sexta-feira (2) em ajustes técnicos após avançarem por seis sessões consecutivas repercutindo as incertezas em relação à próxima safra do Brasil e a queda brusca nas exportações globais da commodity. Apesar do recuo, os preços externos da variedade continuam próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.
Por volta das 12h05, o vencimento setembro/16 registrava 150,80 cents/lb com 70 pontos de alta, o dezembro/16 anotava 149,80 cents/lb com 160 pontos de queda. Já o contrato março/17 estava cotado a 152,85 cents/lb com 165 pontos de desvalorização e o maio/17 tinha 154,60 cents/lb e 170 pontos de recuo.
Agências internacionais de notícias já especulavam a possibilidade das cotações recuarem em ajustes técnicos. No início do dia, os preços externos do arábica nos lotes mais distantes chegaram a ficar acima do patamar de US$ 1,55/lb. Ainda assim, segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os operadores seguem de olho nos embarques globais e clima no Brasil.
A OIC (Organização Internacional de Café) reportou que em julho as exportações globais do grão tiveram um recuo de 22% ante o mesmo período de 2015, totalizando 7,75 milhões de sacas de 60 kg no mês. "Esta divulgação pegou muitos de surpresa já que os números apresentados passaram um pouco do que era esperado. Como resultado, ordens de compra foram detonadas e os patamares nas bolsas foram alavancados", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
As dúvidas em relação à safra 2017/18 do Brasil também continuam entre os operadores. Algumas áreas produtoras brasileiras receberam chuvas nos últimos dias que favoreceram floradas, no entanto, existe o temor entre os envolvidos de que caso as chuvas diminuam nos próximos meses, exista o abortamento das flores, o que prejudicaria o potencial produtivo das plantas. Com isso, o mercado vivenciou um forte movimento especulativo e de fundos na ponta compradora.
Apesar das oscilações no mercado externo, no Brasil os negócios com café seguem isolados e com os produtores à espera de melhores patamares. Na quinta-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 501,02 com alta de 3,00%.