Café: Após baixa pela manhã, NY dá continuidade aos ganhos das últimas sessões nesta tarde de 6ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta tarde de sexta-feira (1º), após realizarem ajustes pela manhã e voltarem para o patamar de US$ 1,45 por libra-peso. Apesar de operar dos dois lados da tabela, o mercado segue bastante atento ao câmbio – impactado pelas incertezas no cenário macroeconômico e no Brasil – e a safra 2016/17, que tem apresentado qualidade bem inferior do que se esperava.
Por volta das 12h45, o contrato julho/16 anotava 145,05 cents/lb com 95 pontos de alta, o setembro/16 tinha 146,15 cents/lb com 50 pontos positivos. O vencimento dezembro/16 registrava 148,95 cents/lb e 65 pontos de avanço, enquanto o março/17 estava cotado a 151,45 cents/lb com 70 pontos de valorização.
No início do pregão, as cotações na ICE iniciaram um movimento de correção que já era esperado. "A qualidade da safra tem decepcionado bastante. Porém, o pico da safra está começando agora e isso pode motivar ajustes para baixo. Acredito que a alta está muito pesada para o mercado", ponderou ontem o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
O clima até ficou mais seco nos últimos dias e contribuiu para o avanço da colheita no cinturão produtivo do Brasil. No entanto, ainda há o temor entre os operadores em relação à qualidade da safra. Mapas climáticos apontam que linhas de instabilidade voltam ao cinturão e podem causar chuvas dispersas sobre a Zona da Mata de Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia até a terça-feira da próxima semana.
O câmbio também tem impactado bastante os preços externos do café arábica. Após iniciar o dia em baixa, o dólar comercial voltou a subir com intervenções do Banco Central. As oscilações da moeda estrangeira impactam diretamente as exportações da commodity. Às 12h50, a moeda subia 0,86%, a R$ 3,2411 na venda.
No mercado interno, seguem negócios isolados e, principalmente, com cafés mais finos, que estão mais valorizados. No entanto, o café de menor qualidade, impactado pelas chuvas, também tem gerado renda ao produtor, pois substitui o robusta nas indústrias.
Na quinta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 500,41 com alta de 0,41%.