Café: Preços do arábica no mercado interno seguem próximos de R$ 500,00/sc com retração vendedora

Publicado em 15/02/2016 16:51

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US), principal referência de mercado para os negócios com café no mundo, não trabalhou nesta segunda-feira (15) por conta do Feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos. No entanto, no mercado físico brasileiro o dia foi de expediente normal. Os preços seguem firmes com os produtores distantes do mercado e aguardando novas altas.

"O campo positivo deve prevalecer na sessão de amanhã em Nova York uma vez que não há nenhum fato novo que faça com que as cotações mudem de humor", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. O dia no mercado financeiro foi tranquilo e marcado por boas oscilações na maioria dos ativos negociados.

Nas últimas semanas, as cotações do café arábica no Brasil têm apresentado sustentação com a resistência dos vendedores. "O mercado físico está descolado do externo, mesmo com a forte queda na Bolsa. O País exportou bastante café ao longo do segundo semestre do ano passado com o dólar estimulante e agora tem pouco produto para venda e isso tende a fazer o preço interno se valorizar em relação ao referencial externo", afirmou na última sexta-feira o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.

O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destaca que diante do volume baixo de negócios com robusta no decorrer desta temporada alguns reajustes de preços estão sendo realizados. Além de a última safra no Espírito Santo ter tido quebra significativa, as exportações da variedade seguem intensas desde 2014. Com isso, produtores que ainda possuem lotes de grão seguem aguardando novas altas para negociar o produto.

Na sexta-feira (5), por exemplo, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, atingiu R$ 401,58 a saca de 60 kg, o segundo maior valor real (IGP-DI jan/16) da série histórica do Cepea, iniciada em 2001.

Já para o arábica, os preços continuam próximos de R$ 500,00 a saca. Na sexta-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 490,88 com avanço de 1,80%.

Nesta segunda-feira, o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 553,00 - estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,74% e saca cotada a R$ 541,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 555,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em poços de Caldas (MG) com avanço de 2,43% e saca a R$ 506,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 505,00 a saca e queda de 1%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,51% e saca cotada a R$ 491,00.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, registraram leve queda nesta segunda-feira em ajustes após o forte avanço na sessão anterior. O contrato março/16 registrou US$ 1411,00 por tonelada e queda de US$ 8, o maio/16 teve US$ 1431,00 por tonelada e recuo de US$ 10, enquanto o julho/16 anotou US$ 1461,00 por tonelada e baixa de US$ 7.

Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 402,88 com avanço de 0,73%.

» Clique e veja as cotações completas de café

Tags:

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café/Cepea: Em reta final de colheita, grãos miúdos preocupam
Números do Brasil voltam ao radar e apesar da dúvida no rendimento, café volta a cair
Café: Com safra de Brasil andando bem, preços voltam a recuar
Café: Mercado tem ajustes negativos, mas preocupação com oferta pode limitar baixas
Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro