Café: Sem novidades fundamentais, Bolsa de Nova York opera praticamente estável nesta 3ª feira
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova de York (ICE Futures US) operam praticamente estáveis nesta terça-feira (2). Após avançar mais de 100 pontos na sessão anterior, o mercado realiza ajustes sem indicar tendência definida, segundo analistas. O dólar, que vinha dando impulso aos preços, voltou a subir após três dias seguidos no vermelho.
Por volta das 12h23, o vencimento março/16 tinha 117,80 cents/lb com alta de 5 pontos e o maio/16 registrava 119,80 cents/lb com baixa de 5 pontos. Já o contrato julho/16 tinha 121,50 – estável e o setembro/16 operava com 123,10 cents/lb com queda de 5 pontos.
Após atingir o menor patamar do ano na sessão anterior, às 12h09, o dólar comercial avançava 0,81% sobre o real, cotado a R$ 3,9913 na venda. Os invesrtidores repercutem a queda nos preços do petróleo e o fim do recesso parlamentar no Brasil. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real encoraja as exportações da commodity e os preços no mercado externo recuam.
No cinturão produtivo do Brasil, os negócios com café seguem isolados. "O setor produtivo como um todo já está em ritmo de folia e assim, nada deverá acontecer de forma notória", afirmou o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães ontem. Na segunda-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 492,63 com queda de 0,92%.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Com suporte do dólar, Bolsa de Nova York avança mais de 100 pts nesta 2ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a subir nesta segunda-feira (1º), após recuar na sessão anterior – interrompendo a sequência de seis altas consecutivas. Ainda sem repercutir muito as questões fundamentais, o mercado registrou cobertura de posições vendidas durante a sessão. O dólar voltou a recuar hoje ante o real, o que também acaba dando suporte aos preços externos.
Os lotes com vencimento para março/16 encerraram o dia cotados a 117,75 cents/lb com valorização de 140 pontos, o maio/16 teve 119,85 cents/lb e 135 pontos. Já o contrato julho/16 teve 121,50 cents/lb e o setembro/16 encerrou a sessão cotado a 123,15 cents/lb, ambos com avanço de 125 pontos.
"Os preços respeitaram um importante suporte na sessão de hoje, US$ 1,15 por libra-peso. A próxima resistência está em US$ 1,20 para depois buscarmos US$ 1,23", afirma o analista de mercado João Santaella.
O Rabobank, um dos principais bancos especializados em commodities do mundo, também estima os preços do arábica na casa de US$ 1,23/lb, após reduzir em mais de 7% a previsão feita em novembro do ano passado. " Os fatores macroeconômicos recentes têm apenas uma vaga relação com os fundamentos do café", pondera o banco em nota.
O dólar iniciou o mês de fevereiro em queda e acabou fechando abaixo de R$ 4, o menor nível de 2016. A sessão foi marcada por baixo volume de negócios e em meio a ações do Banco Central brasileiro para rolagem dos contratos de swap cambial, além de dados fracos sobre a economia chinesa e queda nos preços do petróleo. O dólar comercial recuou 1,62%, cotado a R$ 3,9591. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real desencoraja as exportações, em contrapartida acaba dando suporte aos preços.
No aspecto fundamental, o mercado carece de novidades. No cinturão produtivo do Brasil, os relatos são de que as chuvas tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17. Nesta segunda-feira, o tempo deve ser seco na maior parte das origens produtoras. No entanto, no decorrer da semana, a chuva retorna para boa parte das áreas produtoras, mas em baixos volumes.
Mercado interno
Os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil voltaram a cair com a proximidade do carnaval, após um aquecimento nas vendas no fim da semana passada. "O setor produtivo como um todo já está em ritmo de folia e assim, nada deverá acontecer de forma notória", afirma.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 551,00 e alta de 0,92%. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) com queda de 1,82% e saca cotada a R$ 540,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 a saca e queda de 0,91%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 2,86% e R$ 510,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,56% e saca cotada a R$ 495,00.
Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 497,22 com queda de 0,70%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta segunda-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1375,00 por tonelada com queda de US$ 7, o maio/16 teve US$ 1408,00 por tonelada com recuo de US$ 6. O vencimento julho/16 anotou US$ 1439,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.
Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 397,50 com avanço de 0,01%.