Café: Cotações do arábica em NY estendem ganhos da sessão anterior nesta manhã de 4ª feira

Publicado em 27/01/2016 08:46

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de quarta-feira (27) e estendem os ganhos das últimas quatro sessões. Após recuar forte na quarta-feira passada acompanhando o cenário macroeconômico, o mercado tem suporte do dólar que recua quase 1% ante o real.

Por volta das 09h41, o vencimento março/16 tinha 116,70 cents/lb com alta de 25 pontos, o maio/16 registrava 118,85 cents/lb e avanço de 15 pontos. Já o contrato julho/16 operava com 120,65 cents/lb e valorização de 5 pontos, enquanto o setembro/16 anotava 122,45 cents/lb – estável.

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Veja como fechou o mercado o mercado na terça-feira:

Café: Bolsa de Nova York fecha em alta pela quarta sessão consecutiva e março/16 se aproxima de US$ 1,17/lb

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis nesta terça-feira (26), mais ainda do lado azul da tabela, estendendo os ganhos das últimas três sessões. Os investidores estiveram atentos durante toda a sessão ao cenário macroeconômico, que movimentou o câmbio, em meio às incertezas em relação à China e a volatilidade nos preços do petróleo – o que acaba puxando o preço das commodities.

Os lotes com vencimento para março/16 encerraram a sessão cotados a 116,70 cents/lb com avanço de 25 pontos, o maio/16 teve 118,85 cents/lb com alta de 15 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 120,65 cents/lb com 5 pontos de avanço e o setembro/16 fechou estável a 122,45 cents/lb.

"Os investidores continuam na defensiva ante o cenário global ainda nebuloso para a economia em 2016, e assim, não colocam pressão nas rodas de negociação ao redor do mundo", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, que confia em um cenário positivo para o mercado do café ao longo do ano.

"Continuo da opinião de que o café é um dos bons ativos para se investir em 2016. O cenário fundamental é construtivo", explica o analista.

Após registrar alta pela manhã, o dólar comercial fechou em queda ante o real nesta terça-feira com a recuperação nos preços do petróleo que acabou amenizando o humor nos mercados globais. A baixa na moeda estrangeira desencoraja as exportações e acaba dando suporte ao mercado do café. O dólar recuou 0,78%, cotado a R$ 4,0700 na venda.

» Dólar recua 0,78% em relação ao real com recuperação do petróleo

Nas três primeiras semanas de janeiro, as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,90 milhão de sacas de 60 kg, com receita de US$ 278,40 milhões. Levando em conta a média diária do que foi embarcado no mês passado (135,3 mil sacas), com a registrada agora (126,8 mil sacas), há uma queda de 6,28%.

» Café: Exportação do Brasil em janeiro continua abaixo do volume registrado no mês passado

Segundo relatos de produtores, as lavouras da safra 2016/17 de café do Brasil, principalmente as da variedade arábica, continuam sendo beneficiadas pelas chuvas. Segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, instabilidades tropicais, associadas ao calor, devem causar pancadas de chuva e trovoadas nas áreas de café do Paraná, São Paulo e Minas Gerais durante toda esta terça-feira.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil acontecem negócios isolados com café. Segundo Marcus Magalhães, apesar de toda a volatilidade externa, o mercado não ganha ritmo. "O período de entressafra por si só já é lento e no caso específico do Espírito Santo, a situação se agrava já que o estado está vindo de uma safra complicada, com quebra de 40%", afirma.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Varginha (MG) com saca cotada a R$ 560,00 e alta de 2,75%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 4,05% e saca cotada a R$ 521,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 557,00 e avanço de 0,72%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 4,98% e R$ 496,00 a saca.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Varginha (MG), ambas com R$ 510,00 a saca, preço estável na primeira e queda de 0,97% na segunda. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com recuo de 3,59% e saca cotada a R$ 484,00.

Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 495,71 com alta de 0,29%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com leve baixa pela segunda sessão consecutiva. O contrato março/16 registrou US$ 1389,00 por tonelada e o maio/16 teve US$ 1417,00 por tonelada, ambos com queda de US$ 5. O vencimento julho/16 anotou US$ 1446,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.

Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 394,54 com recuo de 0,27%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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