Café: Bolsa de Nova York fecha em alta pela quarta sessão consecutiva e março/16 se aproxima de US$ 1,17/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis nesta terça-feira (26), mais ainda do lado azul da tabela, estendendo os ganhos das últimas três sessões. Os investidores estiveram atentos durante toda a sessão ao cenário macroeconômico, que movimentou o câmbio, em meio às incertezas em relação à China e a volatilidade nos preços do petróleo – o que acaba puxando o preço das commodities.
Os lotes com vencimento para março/16 encerraram a sessão cotados a 116,70 cents/lb com avanço de 25 pontos, o maio/16 teve 118,85 cents/lb com alta de 15 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 120,65 cents/lb com 5 pontos de avanço e o setembro/16 fechou estável a 122,45 cents/lb.
"Os investidores continuam na defensiva ante o cenário global ainda nebuloso para a economia em 2016, e assim, não colocam pressão nas rodas de negociação ao redor do mundo", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, que confia em um cenário positivo para o mercado do café ao longo do ano.
"Continuo da opinião de que o café é um dos bons ativos para se investir em 2016. O cenário fundamental é construtivo", explica o analista.
Após registrar alta pela manhã, o dólar comercial fechou em queda ante o real nesta terça-feira com a recuperação nos preços do petróleo que acabou amenizando o humor nos mercados globais. A baixa na moeda estrangeira desencoraja as exportações e acaba dando suporte ao mercado do café. O dólar recuou 0,78%, cotado a R$ 4,0700 na venda.
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Nas três primeiras semanas de janeiro, as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,90 milhão de sacas de 60 kg, com receita de US$ 278,40 milhões. Levando em conta a média diária do que foi embarcado no mês passado (135,3 mil sacas), com a registrada agora (126,8 mil sacas), há uma queda de 6,28%.
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Segundo relatos de produtores, as lavouras da safra 2016/17 de café do Brasil, principalmente as da variedade arábica, continuam sendo beneficiadas pelas chuvas. Segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, instabilidades tropicais, associadas ao calor, devem causar pancadas de chuva e trovoadas nas áreas de café do Paraná, São Paulo e Minas Gerais durante toda esta terça-feira.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil acontecem negócios isolados com café. Segundo Marcus Magalhães, apesar de toda a volatilidade externa, o mercado não ganha ritmo. "O período de entressafra por si só já é lento e no caso específico do Espírito Santo, a situação se agrava já que o estado está vindo de uma safra complicada, com quebra de 40%", afirma.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Varginha (MG) com saca cotada a R$ 560,00 e alta de 2,75%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 4,05% e saca cotada a R$ 521,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 557,00 e avanço de 0,72%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 4,98% e R$ 496,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Varginha (MG), ambas com R$ 510,00 a saca, preço estável na primeira e queda de 0,97% na segunda. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com recuo de 3,59% e saca cotada a R$ 484,00.
Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 495,71 com alta de 0,29%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com leve baixa pela segunda sessão consecutiva. O contrato março/16 registrou US$ 1389,00 por tonelada e o maio/16 teve US$ 1417,00 por tonelada, ambos com queda de US$ 5. O vencimento julho/16 anotou US$ 1446,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.
Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 394,54 com recuo de 0,27%.