Café: Bolsa de Nova York cai mais de 300 pts nesta 4ª feira e março/16 perde patamar de US$ 1,20/lb

Publicado em 06/01/2016 11:34

As cotações futuras do café arábica operam com queda acentuada nesta tarde de quarta-feira (6) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ainda registrando baixo volume de negócios por conta do início do ano, o mercado repercute a desvalorização das moedas dos principais países produtores em relação ao dólar. As condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil também estão no centro das atenções dos operadores.

Por volta das 12h19, o vencimento março/16 tinha 119,60 cents/lb e queda de 340 pontos, o maio/16 registrava 121,75 cents/lb com baixa de 335 pontos. O contrato julho/16 operava com 123,80 cents/lb e recuo de 330 pontos e o setembro/16 anotava 125,50 cents/lb com 325 pontos de desvalorização.

Após cair 1% ontem, o dólar voltou a R$ 4 na venda nesta quarta-feira em movimento de ajuste. A moeda estrangeira dá maior competitividade às exportações e influencia no mercado, pois as transações são feitas em dólar. Às 11h49, o dólar comercial subia 1,08% em relação ao real, vendida a R$ 4,0365.

Com relação ao clima, as principais instituições meteorológicas não apontam chuvas abrangentes nesta semana no cinturão produtivo. Linhas de instabilidade mantêm a chuva forte sobre boa parte das Regiões Centro-Oeste e Nordeste, distante das áreas produtoras de café do Brasil, informa a Somar Meteorologia.

De acordo com informações reportadas ontem pelo site Business Recorder, o café arábica foi um dos maiores perdedores no setor de commodities em 2015, com queda de 24%. As chuvas que chegaram nos últimos meses no Brasil foram muito importantes para a cultura e ajudaram a impulsionar o desenvolvimento das lavouras, outro importante fator que contribuiu para a queda foram as fracas moedas nos principais países produtores que acabaram estimulando recordes nas exportações.

» Café arábica foi um dos maiores perdedores no setor de commodities em 2015

No mercado interno, os negócios com café seguem lentos. De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, acontecem negócios isolados. Na terça-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 504,26 com alta de 1,49%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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