Café: Bolsa de Nova York acompanha dólar e registra intensa volatilidade nesta 3ª feira
As cotações futuras do café arábica operam com intensa volatilidade nesta terça-feira (5) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). De acordo com agências internacionais, o mercado realiza ajustes após cair quase 300 pontos na sessão anterior. No entanto, a tendência ainda é de baixa para os preços no curto prazo com o câmbio influenciando bastante no mercado.
Por volta das 12h48, o vencimento março/16 tinha 123,60 cents/lb e o maio/16 anotava 125,70 cents/lb, ambos com queda de 30 pontos. Já o contrato julho/16 operava com 127,60 cents/lb e o setembro/16 registrava 129,30 cents/lb, os dois com recuo de 35 pontos.
Na sessão de ontem, o dólar foi o principal fator que pressionou as cotações do aráica. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real dá maior competitividade às exportações. No entanto, para o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville também "estão chegando algumas previsões de clima melhor" para o Brasil em Nova York e isso também repercute no mercado.
Assim como o café, o dólar também tem oscilado bastante nesta terça-feira. A moeda abriu os negócios em alta, mas passou a recuar chegando a cair para R$ 3,99. Às 12h51, o dólar comercial recuava 0,47%, cotado a R$ 4,0147 para venda.
De acordo com informações reportadas pelo site Business Recorder, o café arábica foi um dos maiores perdedores no setor de commodities em 2015, com queda de 24%. As chuvas que chegaram nos últimos meses no Brasil foram muito importantes para a cultura e ajudaram a impulsionar o desenvolvimento das lavouras, outro importante fator que contribuiu para a queda foram as fracas moedas nos principais países produtores que acabaram estimulando recordes nas exportações.
» Café arábica foi um dos maiores perdedores no setor de commodities em 2015
Após as chuvas volumosas e abrangentes recentes no cinturão produtivo, nesta semana as precipitações devem ficar isoladas em áreas Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, aponta a Somar Meteorologia.
No mercado interno, os negócios com café ainda estão lentos e os preços seguem nominais. "A maioria dos operadores estão retornando as suas bases e assim, quem sabe, poderemos ter a liquidez rotineira sendo presenciada no decorrer da semana", afirmou ontem o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,87 com alta de 0,27%.