Café: Operadores retomam os trabalhos e Bolsa de Nova York cai mais de 250 pontos nesta manhã de 2ª feira

Publicado em 04/01/2016 08:30

As cotações futuras do café arábica operam em baixa na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta manhã de segunda-feira (4) com pressão do câmbio. Às 09h21, o dólar comercial era cotado a R$ 4,02 na venda com alta de 1,99% ante o real. A moeda estrangeira mais valorizada dá maior competitividade às exportações.

Após trabalhar com baixo volume de negócios nos últimos dias devido as festas de final de ano, o mercado retoma hoje seu ritmo normal. Por volta das 09h27, o vencimento março/16 registrava 124,10 cents/lb, o maio/16 operava com 126,20 cents/lb e o julho/16 tinha 128,15 cents/lb, ambos com queda de 260 pontos. Já o contrato setembro/16 anotava 129,85 cents/lb com recuo de 270 pontos.

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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café amplia os ganhos da sessão anterior e fecha em alta na Bolsa de NY nesta 4ª feira influenciado pelo dólar

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram com alta de mais de 200 pontos quarta-feira (30). O mercado ampliou os ganhos da sessão anterior com foco no câmbio após os vencimentos fecharem também com 200 pontos de alta na terça-feira.

Com a ausência de fundamentos que possam pesas nas cotações e, com muitos operadores já estão ausentes de suas mesas - devido a festa de final de ano -  os pregões dos últimos dias tem sido marcado por oscilações, já que o baixo volume de negócios deixa o mercado particularmente sensíveis a operações pequenas.

Na ICE, o vencimento março/16 fechou a 123,65 cents/lb com mais de 220 pontos de alta, o maio/16 anotou 125,75 cents/lb com 215 pontos de valorização. O contrato julho/16 encerrou com 127,70 cents/lb e 210 pontos positivos, enquanto o setembro/16 registrou 129,45 cents/lb com 205 pontos de alta.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, o movimento de alta foi uma correção técnica das últimas sessões. Além disso, “sem dados novos o mercado acabou acompanhando o valorização do dólar”, explica.

A moeda norte-americana encerrou está quarta-feira (30) com alta 1,83% sendo cotado a 3,9480 reais na venda. O último pregão regular do ano foi marcado por intensa disputa pela formação da Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais.

As ação nas últimas semanas tem se desdobrado de maneira irregular, testando os dois lados da tabela com apoio em US $ 115,30 cents/lb e resistência em 128,30 cents/lb.

De acordo com o analista da PRICE Futures Group, Jack Scoville, os futuros foram maiores na compra especulativa e comercial, com isso os preços pararam de cair. "Relatórios e previsões de clima melhor no Brasil central e do sul, nas últimas semanas, parece ser a principal razão para a venda", lembra.

Ainda assim, Scoville explica que nas duas últimas semanas do ano os fundos tem buscado fechar com resultados positivos. Por isso, "a ideia é de que eles compraram bastante e já estão bem cobertos para o novo ano", completa.

Mercado interno

Os negócios no mercado físico brasileiro também seguem lentos nesta semana de ano novo, com a ausência de novidades nos fundamentos que possam modificar a tendência.

De acordo com o analista de mercado da Marcus Corretora, Marcus Magalhães, os produtores estão fora dos negócios aguardando o próximo ano para voltar a atuar no mercado com mais segurança, já que as perspectivas para 2016 são mais otimistas.

>> Safra de café deverá ser menor neste ano em Minas

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 580,00 - desvalorização de 3,20%, a maior oscilação no dia.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com a saca cotada a R$ 582,00 - alta de 2,65% - e a maior variação no dia.

O tipo 6 bebida dura teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 519,00 a saca - valorização de 2,98% e a maior oscilação no dia para o tipo.

Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 484,35 com queda de 0,60%.

Na terça (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,13 com recuo de 0,36%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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