Café: Bolsa de Nova York avança nesta 6ª feira após fechar em baixa por seis sessões consecutivas

Publicado em 18/12/2015 08:39

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam em alta nesta sexta-feira (18). O mercado realiza ajustes técnicos após fechar em baixa nas últimas seis sessões e o contrato mais negociado, março/16, perder o patamar de US$ 1,19 por libra-peso.

Por volta das 12h20, o vencimento março/16 tinha 119,10 cents/lb com 80 pontos de alta, o maio/16 anotava 121,10 cents/lb com 45 pontos de avanço. O contrato julho/16 operava com 123,10 cents/lb e 45 pontos de valorização, enquanto o setembro/16 registrava 124,90 cents/lb com 30 pontos positivos.

Na sessão anterior, os investidores repercutiram no mercado os dados mais otimistas sobre a produção do Brasil na temporada 2016/17. As principais regiões produtoras têm recebido volumes expressivos de chuva nas últimas semanas e isso tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: NY fecha em baixa pela sexta sessão seguida e março/16 perde patamar de US$ 1,19/lb

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira (17). Pela manhã, o mercado chegou a repercutir o recuo do dólar ante o real. No entanto, os dados mais otimistas sobre a produção do Brasil acabaram repercutindo mais que o câmbio entre os investidores. A Conab estima que a colheita brasileira neste ano seja de 43,24 milhões de sacas de 60 kg.

Com isso, os vencimentos mais próximos perderam o patamar de US$ 1,19 por libra-peso. O contrato dezembro/15 encerrou a sessão de hoje cotado a 117,80 cents/lb com recuo de 30 pontos. O março/16 teve 118,30 cents/lb e o maio/16 anotou 120,55 cents/lb, ambos com baixa de 95 pontos. Já o vencimento julho/16 registrou 122,65 cents/lb com desvalorização de 90 pontos.

Apesar da safra 2015/16 já ter sido colhida no Brasil e estar sendo comercializada, a revisão para cima pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) acabou gerando preocupação entre os operadores. O órgão estima que a produção das variedades arábica e robusta deste ano totalize 43,24 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado, alta de 2,59% em relação a previsão divulgada em setembro de 42,15 milhões de sacas.

O resultado, em período de baixa bienalidade da cultura para a maioria das regiões, com exceção da Zona da Mata Mineira, representa queda de 5,3%, quando comparado à produção de 45,64 milhões de sacas obtidas no ano passado. Vale lembrar que a primeira estimativa da Companhia para a safra 2016/17 deve ser divulgada apenas no início do ano que vem.

» Produção de café deve chegar a 43,24 milhões de sacas nesta safra, estima Conab

Para o analista Gilson Fagundes, apesar do mercado repercutir a divulgação da Conab sobre a produção do Brasil na safra 2015/16, os investidores continuam atentos no cenário político e econômico do País. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira cotado a R$ 3,8893 na venda com baixa de 0,90% repercutindo a decisão do Fed (Federal Reserve) em elevar os juros dos Estados Unidos e indicar que a trajetória de alta deve ser gradual.

» Dólar cai 0,90% sobre real após Fed elevar juro e reforçar que alta será gradual

Mercado interno

As negociações nas praças de comercialização do Brasil seguem bem lentas. "Os produtores continuam resistentes à venda. Só aparece no mercado aqueles que precisam mesmo realizar vendas para fazer caixa", afirma Gilson Fagundes.

Segundo estimativa da Safras & Mercado, divulgada hoje, a comercialização da safra 2015/16 de café do Brasil está em 68% da produção total estimada, relativa ao final de novembro. Segundo o analista de mercado Gil Carlos Barabach, a comercialização andou bem no último mês de novembro.

» Café: Comercialização da safra 2015/16 do Brasil está em 68%, estima Safras & Mercado

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 542,00 e queda de 1,81%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 547,00 a saca e queda de 1,80%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 2,75% e saca cotada a R$ 485,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca, alta de 2,04% na primeira e preço estável no município mineiro. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,25% e saca cotada a R$ 476,00.

Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 477,31 e alta de 1,10%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira após a valorização de ontem. O contrato janeiro/16 teve US$ 1490,00 por tonelada com alta de US$ 4, o março/16 registrou US$ 1515,00 por tonelada - estável e o vencimento maio/16 teve US$ 1543,00 com desvalorização de US$ 1.

Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,24 com avanço de 0,37%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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