Café: Após quatro quedas seguidas, Bolsa de Nova York trabalha no campo positivo nesta 4ª feira

Publicado em 16/12/2015 08:26

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta em ajustes técnicos nesta tarde de quarta-feira (16), após recuar por quatro sessões consecutivas. "O dia deve ser ameno no que se refere às volatilidades", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. 

Na ICE, por volta das 12h28, o vencimento março/16 tinha 120,25 cents/lb com alta de 35 pontos e o maio/16 anotava 122,65 cents/lb com valorização de 55 pontos. O contrato julho/16 operava com 124,55 cents/lb com avanço de 40 pontos e o setembro/16 registrava 127,30 cents/lb com 120 pontos positivos.

Apesar de registrar leve alta na sessão de hoje, o mercado tem repercutido bastante nos últimos dias a volatilidade cambial com a ausência de novidades fundamentais. Às 12h19, a moeda norte-americana subia 1,57%, cotada a R$ 3,9376 na venda após o governo reduzir a meta de superávit primário.

Nas praças de comercialização do Brasil promete ser mais um dia de poucos negócios. "Após um bom mês de novembro para os produtores, o mercado interno registra desaceleração com o final do ano", disse o analista Gilson Fagundes ontem ao Notícias Agrícolas.

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Veja como fechou o mercado na terça-feira:

Café: Após intensa volatilidade, Bolsa de Nova York fecha praticamente estável nesta 3ª feira

Após oscilar dos dois lados da tabela nesta terça-feira (15), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis, mas ainda no campo negativo, pela quarta sessão seguida. O mercado repercutiu durante todo o dia a volatilidade cambial, que também variou entre alta e baixa, além das condições climáticas nas principais origens produtoras da commodity.

Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a sessão de hoje cotados a 119,75 cents/lb com baixa de 15 pontos, o maio/16 anotou 121,90 cents/lb com recuo de 20 pontos. O contrato julho/16 encerrou o dia com 124,05 cents/lb e 10 pontos de baixa, enquanto o setembro/16 teve 125,90 cents/lb com 15 pontos de queda.

Para o analista Gilson Fagundes, o dia no mercado externo foi marcado por baixo volume de negócios e o câmbio influenciando diretamente nas cotações. "Diante de todo este cenário político no Brasil, o dia foi mais de cautela entre os envolvidos", afirma.

Com os investidores se alternando entre reações positivas e negativas após as buscas relacionadas à Operação Lava-Jato na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o dólar comercial teve um dia volátil. No entanto, acabou fechando a sessão com queda de 0,25%, cotado a R$ 3,8765 na venda. A moeda estrangeira influencia nas exportações da commodity e impacta os preços.

» Dólar tem dia volátil e cai sobre o real, após buscas em casas de Cunha

Informações de agências internacionais também dão conta que os investidores seguem atentos às condições climáticas nas principais origens produtoras. Após registrar chuvas regulares nas últimas semanas, as áreas do Brasil devem ter uma semana mais quente. "A seca e as temperaturas quentes, mais uma vez, serão o curinga durante o primeiro trimestre de 2016", disse Rodrigo Costa, do banco Société Générale, em entrevista ao The Wall Street Journal.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café continuam lentos. "Após um bom mês de novembro para os produtores, o mercado interno registra desaceleração com o final do ano", diz Gilson Fagundes.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 547,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada Varginha (MG) com valorização de 0,95% e saca a R$ 530,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 552,00 a saca - estável. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com desvalorização de 0,65% e saca cotada a R$ 462,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG), Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca, preço estável nos municípios mineiros e alta de 2,04% no paulista. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,04% e saca cotada a R$ 500,00.

Na segunda-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 475,78 e queda de 0,21%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam a sessão desta terça-feira com leve alta. O contrato janeiro/16 teve US$ 1484,00 por tonelada com alta de US$ 9, o março/16 registrou US$ 1510,00 por tonelada com avanço de US$ 5 e o vencimento maio/16 teve US$ 1535,00 com valorização de US$ 1.

Na segunda-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,08 com queda de 0,23%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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