Café: Bolsa de Nova York cai mais de 200 pts nesta 2ª feira e estende perdas da sessão anterior
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) caem mais de 200 pontos nesta segunda-feira (14) e estendem as perdas da sessão anterior. O mercado repercute as condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17 do Brasil e, principalmente, o avanço do dólar ante o real. Às 12h29, a moeda norte-americana subia 0,57%, cotada a R$ 3,896 na venda.
Informações sobre a produção da Colômbia, que deve aumentar cerca de 19% na próxima safra, e a possibilidade do Brasil registrar recorde nas exportações da commodity neste ano acabam alimentando ainda mais as expectativas de abastecimento mundial considerável. "Todas as últimas notícias apontam para uma alta disponibilidade de café", informou representantes do Commerzbank. As informações partem do The Wall Street Journal.
Por volta das 13h11, o vencimento março/16 tinha 118,85 cents/lb com baixa de 235 pontos. O contrato maio/16 anotava 121,00 cents/lb, o julho/16 operava com 123,00 cents/lb e o setembro/16 registrava 124,90 cents/lb, ambos com 95 pontos negativos.
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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) caíram mais de 500 pontos nesta sexta-feira (11) pressionadas pelo dólar que avançou quase 2% ante o real e as chuvas no cinturão produtivo do Brasil que tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17. No comparativo semanal, o contrato março/15 recuou 4,53%. Ainda assim, segundo analistas, a perspectiva de preços para o próximo ano continua otimista.
Os lotes com vencimento para dezembro/15 encerraram a sessão de hoje com 118,10 cents/lb e baixa de 455 pontos, o março/16 teve 121,20 cents/lb com recuo de 515 pontos. O contrato maio/16 fechou a sessão com 123,30 cents/lb e desvalorização de 510 pontos, enquanto que o julho/16 anotou 125,30 cents/lb com 505 pontos negativos.
"O mercado repercutiu uma conjugação de mau humor global, chuvas nas regiões produtoras e por fim, a forte alta do dólar no Brasil. Tudo, sem exceção, serviu de desculpa para as batidas presenciadas", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
A moeda norte-americana encerrou a sessão desta sexta-feira com alta de 1,93%, cotada a R$ 3,8738 na venda. Os investidores repercutiram informações sobre a desaceleração da economia chinesa e rumores de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, possa deixar o governo caso a meta de superávit primário de 2016 seja zerada pelo Congresso.
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Em relação às condições meteorológicas, a Climatempo prevê volumes acumulados superiores a 100 milímetros em grande parte das regiões produtoras brasileiras até o Natal. Porém, no Espírito Santo a tendência é de volumes reduzidos, inferiores a 50 mm em grande parte do estado. As informações são do CNC (Conselho Nacional do Café).
Durante toda esta semana as cotações do café arábica no terminal externo oscilaram bastante baseadas no câmbio. A moeda estrangeira acumulou na semana valorização de 3,61%, enquanto a cotação do principal vencimento na ICE perdeu 4,53%. O dólar mais valorizado ante o real dá maior competitividade às exportações da commodity.
Apesar da queda non mercado hoje, a perspectiva dos envolvidos e analistas é de cotações mais altas em 2016 com uma safra 2016/17 mais alta no Brasil e os estoques dos principais países consumidores caindo. "Apesar de termos uma próxima safra brasileira maior que a última colhida, o volume deve ser muito aquém do que o mercado precisa", afirmou ontem o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Segundo o CNC, a produção do País deve subir até 15% em relação à de 2015, podendo chegar a 49 milhões de sacas de 60 kg.
Em novembro, por exemplo, o Rabobank estimou preços na casa de US$ 1,30/lb no início de 2016 para o café arábica no terminal externo, patamar bem próximo do registrado hoje para os principais vencimentos. O banco estrangeiro, inclusive, elevou em 800 mil sacas, para 2,7 milhões, sua previsão de déficit na produção mundial de café em 2015/16, citando os efeitos do El Niño, que está ligado à seca em alguns dos principais países produtores do grão.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico brasileiro permaneceram lentos nesta semana. "Apesar das baixas presenciadas, a liquidez interna não ganhou ritmo e assim, a paradeira deu a tônica", diz Marcus Magalhães. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP), os preços do café arábica reagiram neste início de mês. No acumulado parcial deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi para R$ 483,48/saca de 60 kg na quarta-feira, reação de 3,9%.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 552,00 e queda de 1,78%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com recuo de 3,64% e saca valendo R$ 530,00.
Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Poços de Caldas (MG) com alta de R$ 13,00 (2,43%), saindo de R$ 534,00 para R$ 547,00 a saca.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 557,00 a saca e baixa de 1,76%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Poços de Caldas (MG) que tinha saca cotada a R$ 492,00, mas subiu R$ 10,00 (+2,03%) e agora vale R$ 502,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca - estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com recuo de 4% e saca cotada a R$ 480,00.
A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Patrocínio (MG), por lá a saca estava cotada em R$ 485,00 na sexta passada, mas teve desvalorização de R$ 5,00 (-1,03%), e agora vale R$ 480,00.
Na quinta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve desvalorização de 0,05% com a saca de 60 kg cotada a R$ 483,23.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com forte queda nesta sexta-feira, seguindo Nova York. O contrato janeiro/16 encerrou a sessão cotado a US$ 1503,00 por tonelada e queda de US$ 19, o março/16 teve US$ 1532,00 por tonelada com baixa de US$ 18 e o maio/16 registrou US$ 1560,00 por tonelada com desvalorização de US$ 19.
Na quinta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 380,69 com avanço de 0,06%.