Café: Com pressão do câmbio, Bolsa de Nova York opera com leve baixa nesta 5ª feira

Publicado em 10/12/2015 09:33

Nesta tarde de quinta-feira (10), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa pressionadas pelo câmbio. No entanto, elas ainda permanecem acima de US$ 1,25 por libra-peso. Na sessão anterior, o mercado registrou alta de cerca de 150 pontos também em meio a informações sobre o aperto na oferta mundial de café e os estoques reduzidos nos principais países consumidores.

Por volta das 12h50, o vencimento março/16 tinha 126,05 cents/lb com queda de 75 pontos, o maio/16 anotava 128,20 cents/lb com desvalorização de 70 pontos. O contrato julho/16 tinha 130,25 cents/lb, enquanto o setembro/16 registrava 132,10 cents/lb, ambos com baixa de 60 pontos.

Às 13h15, o dólar comercial avançava 0,76%, cotado a R$ 3,765 na venda. O mercado ajusta-se à decisão da Moody's de ameaçar tirar o selo de bom pagador internacional do Brasil, mas operadores acreditavam que a reação tende a ser contida porque muitos já trabalhavam com o cenário de perda do grau de investimento nos próximos meses.

» Clique e veja as cotações completas de café

Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Com alta de 150 pts nesta 4ª, cotações do arábica na Bolsa de Nova York se aproximam de US$ 1,30/lb

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a subir nesta quarta-feira (9), após duas sessões consecutivas de queda, e já se aproximam do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado, mais uma vez, teve suporte do câmbio, mas também repercutiu informações sobre o aperto na oferta mundial de café e os estoques reduzidos nos principais países consumidores.

O vencimento dezembro/15 fechou a sessão cotado a 123,85 cents/lb e o março/16 teve 126,80 cents/lb, ambos com avanço de 160 pontos. Já o contrato maio/16 anotou 128,90 cents/lb, enquanto o julho/16 teve 130,85 cents/lb, ambos com valorização de 155 pontos.

Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os grandes players já começam a colocar suas apostas no mercado dentro da realidade de 2016. "Apesar de termos uma próxima safra brasileira maior que a última colhida, o volume deve ser muito aquém do que o mercado precisa", afirma.

Com os investidores atentos ao cenário político do Brasil, o dólar comercial fechou a sessão desta quarta-feira com queda de 1,92%, cotado a R$ 3,7370 na venda, o que acaba dando suporte aos preços das commodities, pois desencoraja as exportações.

» Dólar cai quase 2% sobre o real com política local e entrada de estrangeiros

Outra questão que também impulsionou os preços hoje foram as informações sobre o aperto na oferta mundial de café e a queda nos estoques dos principais países consumidores. Diante disso, alguns envolvidos no mercado acreditam que 2016 possa ser um ano mais otimista para os cafeicultores brasileiros. A próxima safra do País deve subir até 15% em relação à de 2015, podendo chegar a 49 milhões de sacas de 60 kg.

» Safra de café do Brasil pode crescer cerca de 15% em 2016, diz CNC

Vale lembrar que em novembro o Rabobank estimou preços na casa de US$ 1,30/lb no início de 2016, patamar próximo do registrado na sessão desta quarta-feira. O banco estrangeiro, inclusive, elevou em 800 mil sacas, para 2,7 milhões, sua previsão de déficit na produção mundial de café em 2015/16, citando os efeitos do El Niño, que está ligado à seca em alguns dos principais países produtores do grão.

» Futuros do café arábica devem subir no início de 2016, diz Rabobank

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil os produtores de café seguem distantes dos negócios mesmo com os preços acima de R$ 500,00 a saca nos tipos mais negociados. "O mercado não consegue ganhar liquidez, deixando as praças e seus envolvidos dentro de um vazio enorme de ofertas e expectativas", explica Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 559,00 e queda de 0,71%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com valorização de 3,03% e saca a R$ 544,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 564,00 a saca e baixa de 0,53%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG), Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) e Poços de Caldas (MG) com alta de 1,04%, saca cotada a R$ 485,00 na primeira e R$ 487,00 na segunda.

Na terça-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,31 - estável.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira. O contrato janeiro/16 teve US$ 1530,00 por tonelada com recuo de US$ 1, o março/16 registrou US$ 1559,00 por tonelada com valorização de US$ 2 e o vencimento maio/16 teve US$ 1587,00 por tonelada com alta de US$ 3.

Na terça-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,96 com alta de 0,34%.

Tags:

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Números do Brasil voltam ao radar e apesar da dúvida no rendimento, café volta a cair
Café: Com safra de Brasil andando bem, preços voltam a recuar
Café: Mercado tem ajustes negativos, mas preocupação com oferta pode limitar baixas
Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp