Café: Com alta de 150 pts nesta 4ª, cotações do arábica na Bolsa de Nova York se aproximam de US$ 1,30/lb
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a subir nesta quarta-feira (9), após duas sessões consecutivas de queda, e já se aproximam do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado, mais uma vez, teve suporte do câmbio, mas também repercutiu informações sobre o aperto na oferta mundial de café e os estoques reduzidos nos principais países consumidores.
O vencimento dezembro/15 fechou a sessão cotado a 123,85 cents/lb e o março/16 teve 126,80 cents/lb, ambos com avanço de 160 pontos. Já o contrato maio/16 anotou 128,90 cents/lb, enquanto o julho/16 teve 130,85 cents/lb, ambos com valorização de 155 pontos.
Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os grandes players já começam a colocar suas apostas no mercado dentro da realidade de 2016. "Apesar de termos uma próxima safra brasileira maior que a última colhida, o volume deve ser muito aquém do que o mercado precisa", afirma.
Com os investidores atentos ao cenário político do Brasil, o dólar comercial fechou a sessão desta quarta-feira com queda de 1,92%, cotado a R$ 3,7370 na venda, o que acaba dando suporte aos preços das commodities, pois desencoraja as exportações.
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Outra questão que também impulsionou os preços hoje foram as informações sobre o aperto na oferta mundial de café e a queda nos estoques dos principais países consumidores. Diante disso, alguns envolvidos no mercado acreditam que 2016 possa ser um ano mais otimista para os cafeicultores brasileiros. A próxima safra do País deve subir até 15% em relação à de 2015, podendo chegar a 49 milhões de sacas de 60 kg.
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Vale lembrar que em novembro o Rabobank estimou preços na casa de US$ 1,30/lb no início de 2016, patamar próximo do registrado na sessão desta quarta-feira. O banco estrangeiro, inclusive, elevou em 800 mil sacas, para 2,7 milhões, sua previsão de déficit na produção mundial de café em 2015/16, citando os efeitos do El Niño, que está ligado à seca em alguns dos principais países produtores do grão.
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Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil os produtores de café seguem distantes dos negócios mesmo com os preços acima de R$ 500,00 a saca nos tipos mais negociados. "O mercado não consegue ganhar liquidez, deixando as praças e seus envolvidos dentro de um vazio enorme de ofertas e expectativas", explica Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 559,00 e queda de 0,71%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com valorização de 3,03% e saca a R$ 544,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 564,00 a saca e baixa de 0,53%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG), Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) e Poços de Caldas (MG) com alta de 1,04%, saca cotada a R$ 485,00 na primeira e R$ 487,00 na segunda.
Na terça-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,31 - estável.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira. O contrato janeiro/16 teve US$ 1530,00 por tonelada com recuo de US$ 1, o março/16 registrou US$ 1559,00 por tonelada com valorização de US$ 2 e o vencimento maio/16 teve US$ 1587,00 por tonelada com alta de US$ 3.
Na terça-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,96 com alta de 0,34%.