Café: Bolsa de Nova York perde praticamente todos os ganhos da sessão anterior nesta manhã de 5ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de quinta-feira (3) e perdem praticamente todos os ganhos da sessão anterior. O mercado tem acompanhado nos últimos dias a volatilidade do câmbio, que recua mais de 0,50% ante o real, e está na casa de R$ 3,80 após abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Por volta das 09h38, o vencimento o março/16 tinha 119,90 cents/lb com recuo de 55 pontos, o maio/16 operava com 122,15 cents/lb e 50 pontos de desvalorização. O contrato julho/16 registrava 124,10 cents/lb com baixa de 65 pontos e o setembro/16 operava com 126,40 cents/lb com 25 pontos negativos.
De acordo com informações reportadas pela agência de notícias Reuters, apesar da queda nas cotações hoje, a tendência para as cotações do café ainda é de alta. De acordo com estimativa do Rabobank, o déficit no mercado global de café deve continuar pelo segundo ano consecutivo em 2015/16 por causa de uma desaceleração esperada nas exportações do Brasil
"Nós ainda acreditamos que os fundamentos altistas ressurgirão uma vez que as exportações brasileiras percam fôlego", disse o Rabobank.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta quarta-feira (2), após operar dos dois lados da tabela durante o pregão, mas sempre próximas do nível de 120,00 cents/lb. O mercado oscilou, novamente, acompanhando o câmbio, as condições climáticas nas lavouras do Brasil e informações sobre a safra 2015/16 de outras importantes origens produtoras.
"Ao que parece, o mercado já começou a colocar nos preços vigentes dos ativos as recentes variáveis e seus possíveis desdobramentos, e assim, não está sendo esperado nenhum grosseiro movimento especulativo, salvo é claro, um fato novo", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O vencimento dezembro/15 encerrou a sessão cotado a 117,80 cents/lb com avanço de 65 pontos, o março/16 registrou 120,45 cents/lb e alta de 55 pontos. O contrato maio/16 anotou 122,65 cents/lb e o julho/16 teve 124,75 cents/lb, ambos com valorização de 60 pontos.
De acordo com informações reportadas pela Bloomberg nesta quarta-feira, o câmbio tem sido o principal fator de pressão para as cotações do arábica no terminal norte-americano nos últimos dias. "Quando a moeda cai, a oferta mundial normalmente aumenta com os agricultores brasileiros vendendo mais grãos em troca de dólares", informou a agência de noticias.
A moeda estrangeira encerrou a sessão de hoje com 0,50% de queda, cotada a R$ 3,8355 na venda, após o discurso da chair do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen, aumentar ainda mais expectativas dos operadores de elevação dos juros norte-americanos ainda neste mês e depois de forma gradual.
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No aspecto baixista, de acordo com analistas, ainda pesa sobre o mercado as condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, que tem recebido bons volumes de chuva. Além disso, também pipocam informações otimistas sobre as safras da Colômbia e do Vietnã.
Informações da Somar Meteorologia apontam chuvas frequentes em praticamente todas as áreas produtoras no decorrer desta semana. Na Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo, estima-se mais de 100 milímetros até 6 de dezembro.
Mercado interno
Os negócios com café voltaram a ficar mais lentos com os preços recuando em algumas praças de comercialização neste início de semana. Só aparece no mercado o cafeicultor que precisa fazer caixa ou cumprir compromissos. Para Marcus Magalhães, no mercado interno, o ano já acabou. "O que sobrou foram poucos negócios e muita conta para pagar", explica.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 548,00 e alta de 2,05%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 548,00 a saca e alta de 0,37%. Foi a maior variação no dia.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca - estável. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Patrocínio (MG) com valorização de 1,05% e saca cotada a R$ 480,00.
Na terça-feira (1), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve desvalorização de 0,41% com a saca de 60 kg cotada a R$ 463,61.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também fecharam em alta nesta quarta-feira, seguindo Nova York. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1498,00 por tonelada com alta de US$ 8, o janeiro/16 teve US$ 1530,00 por tonelada com avanço de US$ 9 e o março/16 registrou US$ 1554,00 por tonelada com valorização de US$ 8.
Na terça-feira (1), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 375,47 com queda de 0,11%.