Governo estuda autorizar importação de café da Etiópia
Depois de uma tentativa frustrada no início do ano, a Nestlé voltou a pedir ao Ministério da Agricultura a importação de café verde - uma abertura comercial que ameaça os arranjos produtivos do Brasil e as cooperativas do Espírito Santo. Principal produtora de cápsulas do grão, a multinacional suíça de alimentos agora quer comprar café “cru” da Etiópia, país que é berço histórico do fruto na África.
Ligado ao segmento de cafeicultura, o deputado federal Evair de Melo (PV-ES) pediu à ministra Kátia Abreu (PMDB-TO), na quinta-feira, para barrar a edição da portaria, arquivar a demanda e desconsiderar todas as de mesmo teor que lhe chegarem. Segundo Evair, a Nestlé alega que precisa do produto para fabricar blends da marca etíope por conta do “sabor especial” e outras qualidades. “Mas eu sou técnico e degustador de café há 20 anos e garanto que não há necessidade de importar. O Brasil tem matéria-prima, diversidade de aromas e sabores para isso”, salienta.
O secretário de Defesa Agropecuária do ministério da Agricultura, Décio Coutinho, confirmou o pedido da Nestlé para importar café, ao menos, da Etiópia. “Ele me informou que o processo está parado e compete à ministra decidir. Por enquanto, não é autorização de importar, é só abrir o procedimento, é estudo para viabilizar ou não”, assinala Evair.
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