Café: Bolsa de Nova York opera com leve alta e recupera parte das perdas de ontem nesta 3ª feira

Publicado em 24/11/2015 09:32

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta nesta terça-feira (24) e recuperam praticamente todas as perdas da sessão anterior em ajustes técnicos. Na semana passada, o mercado voltou ao patamar de US$ 1,25 por libra-peso em meio a sinais de oferta apertada. No entanto, ontem voltou a cair com a previsão de chuva no cinturão produtivo do Brasil.

Por volta das 12h28, os lotes de arábica com vencimento para março/16 anotavam 124,80 cents/lb com recuo de 235 pontos. O contrato maio/16 tinha 127,15 cents/lb com desvalorização de 250 pontos, enquanto o julho/16, mais distante, caía 245 pontos, cotado a 129,20 cents/lb.

Vale lembrar que nesta quinta-feira (26), a Bolsa de Nova York não funciona por conta do feriado do Dia de Ação de Graças e na sexta-feira trabalhará em horário reduzido, até às 16h (horário de Brasília). Com isso, segundo analistas, o ritmo de negócios durante os próximos dias deve ser reduzido.

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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Bolsa de NY tem queda de quase 200 pts nesta 2ª feira e vencimentos voltam a se distanciar de US$ 1,25/lb

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, fecharam a sessão desta segunda-feira (23) com queda de quase 200 pontos nos principais vencimentos. Após duas sessões seguidas de alta, que fizeram as cotações voltar ao patamar de US$ 1,25 por libra-peso, o mercado retorna ao campo negativo em realização de lucros.

Os lotes de café arábica com vencimento para dezembro/15 encerraram a sessão de hoje cotados a 119,95 cents/lb, o março/16 teve 122,45 cents/lb, ambos com queda de 195 pontos. O contrato maio/16 anotou 124,65 cents/lb e o julho/16 fechou o dia com 126,75 cents/lb, os dois com desvalorização de 190 pontos.

Na semana passada, o contrato março/16 registrou alta de 7,43%. O mercado repercutiu a queda do dólar ante o real e sinais de oferta apertada, mesmo com o Brasil tendo maior produção na próxima temporada, também acabou contribuindo para a elevação dos preços em Nova York.

Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a semana no mercado do café começa de forma lenta e com operações de realização de lucros. "Apesar da queda, importantes suportes foram mantidos deixando a sensação no ar de que emoções no front poderão ser vistas", afirma.

Vale lembrar que nesta quinta-feira (26), a Bolsa de Nova York não funciona por conta do feriado do Dia de Ação de Graças e na sexta-feira trabalhará em horário reduzido, até às 16h (horário de Brasília). Com isso, segundo analistas, o ritmo de negócios durante os próximos dias deve ser reduzido.

De acordo com informações de agências internacionais, a alta do dólar em relação ao real nesta segunda-feira também acaba pressionando as cotações do arábica em Nova York uma vez que as transações são realizadas na moeda estrangeira. Os operadores repercutem informações sobre a economia da China, que tem reduzido a demanda por ativos de países emergentes.

Na semana passada, a moeda norte-americana comercial chegou ao patamar mais baixo desde 1º de setembro. Hoje, encerrou o dia com alta de 1,04%, cotada a R$ 3,7353 na venda. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real encoraja as exportações da commodity.

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No aspecto fundamental, também acaba chegando ao mercado informações sobre a previsão de chuva em praticamente todo o cinturão produtivo para este início de semana, o que acaba contribuindo para o desenvolvimento das lavouras. As previsões climáticas mais recentes da Somar Meteorologia apontam que a maioria das áreas produtoras de café devem receber pancadas de chuva com volumes entre 30 e 70 milímetros até dia 27 de novembro.

Mercado interno

No Brasil, os negócios com café continuam bem lentos. Na semana passada, a forte valorização semanal em Nova York até puxou um pouco os preços. Porém, "o setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio nas ofertas e expectativas", explica Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 566,00 e alta de 2,72%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) onde a saca recuou 5,45%, a R$ 520,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 539,00 a saca e recuo de 2,00%. Foi a variação mais expressiva no dia.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca (SP) e Varginha (MG), ambas com R$ 490,00 a saca, preço estável na primeira e queda de 1,01% no município mineiro. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com recuo de 4,00% e saca cotada a R$ 480,00.

Na sexta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve alta de 1,74% com a saca de 60 kg cotada a R$ 479,07.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também fecharam em baixa nesta segunda-feira. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1539,00 - estável, o janeiro/16 teve US$ 1534,00 por tonelada e queda de US$ 38 e o março/16 registrou US$ 1563,00 por tonelada com desvalorização de US$ 37.

Na terça-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 374,72 com baixa de 0,02%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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