Café: Com suporte do câmbio, Bolsa de NY estende ganhos da sessão anterior nesta manhã de 6ª feira

Publicado em 20/11/2015 09:23

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de sexta-feira (20), e estendem os ganhos da sessão anterior após atingir o menor patamar em 21 meses nos últimos dias. Ontem o mercado avançou cerca de 700 pontos em meio a especulações sobre a safra do Brasil, ajustes técnicos e dólar em queda.

Por volta das 10h04, o vencimento dezembro/15 registrava 120,45 cents/lb com avanço de 55 pontos, o março/16 anotava 122,60 cents/lb e 40 pontos de alta. O contrato maio/16 operava com 124,90 cents/lb e o julho/16 tinha 127,05 cents/lb, ambos com valorização de 55 pontos.

No Brasil, o mercado interno deve ter um dia bem tranquilo uma vez que algumas praças de comercialização não trabalham hoje por conta do feriado facultativo do Dia da Consciência Negra.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Com alta de 700 pts, cotações do arábica em NY voltam ao patamar de US$ 1,20/lb nesta 5ª feira

Após registrarem fortes perdas nos últimos dias, chegando a tocar os menores patamares em 21 meses, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, subiram quase 700 pontos nesta quinta-feira (19) em meio a especulações sobre a safra do Brasil, ajustes técnicos e dólar em queda. É o maior ganho diário em quase três meses no mercado externo.

Os lotes com vencimento para dezembro/15 encerraram o dia cotados a 119,90 cents/lb com alta de 715 pontos, o março/16 registrou 122,20 cents/lb com avanço de 645 pontos. O contrato maio/16 anotou 124,35 cents/lb e o julho/16 teve 126,50 cents/lb, ambos com avanço de 640 pontos.

"O mercado vinha carente de novidades nas últimas sessões. No entanto, hoje, encontrou no dólar um fator de suporte para as cotações", explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real desencoraja as exportações da commodity.

O dólar comercial encerrou a sessão desta quinta-feira com queda de 1,61%, a R$ 3,7290 na venda, menor nível de fechamento desde 1º de setembro após o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unido, indicar que subirá juros de forma bastante gradual.

» Dólar cai 1,61% e vai abaixo R$3,73, pela 1ª vez em mais de dois meses, por Fed e BC

Apesar da valorização expressiva na sessão desta quinta-feira, os operadores no terminal norte-americano continuam atentos às previsões climáticas para o cinturão produtivo do Brasil. "Apesar das chuvas em algumas localidades, ainda preocupa bastante a seca no Espírito Santo e Bahia", explica Barabach.

Nos próximos dias, com a chegada de uma nova frente fria, precipitações generalizadas devem atingir a região Sul e Zona da Mata de Minas Gerais, norte do Paraná, centro e oeste de São Paulo, além do Espírito Santo. As informações são da Somar Meteorologia.

De acordo com agências internacionais, após a divulgação da trading cingapuriana Olam International que acredita que a safra de café do Brasil 2016/17 deve ficar entre 60 e 62 milhões de sacas de 60 kg, os operadores no terminal externo ficaram mais tranquilos. No entanto, apesar do número alto, eles perceberam hoje que a situação ainda demanda atenção uma vez que ainda assim o mercado teria um déficit pelo terceiro ano consecutivo.

Para amanhã, feriado facultativo do Dia da Consciência Negra em algumas cidades brasileiras, o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães acredita que é esperada a continuidade do movimento corretivo na Bolsa de Nova York, mas com possibilidade de leve realização de lucros no início dos trabalhos.

Mercado interno

Apesar da valorização nos preços nas praças de comercialização nesta quinta-feira puxada por Nova York, os negócios seguem lentos no mercado físico brasileiro. "O setor produtivo não se encantou com as recentes volatilidades e desta forma, nada de grandioso aconteceu ou deverá acontecer no curtíssimo prazo", afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 538,00 e alta de 1,89%. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) onde a saca avançou 3,92%, a R$ 530,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 535,00 a saca e avanço de 2,49%. A variação mais expressiva no dia aconteceu em Varginha (MG) com alta de 3,09% e saca cotada a R$ 500,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 495,00 a saca e valorização de 3,13%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com avanço de 4,26% e saca cotada a R$ 490,00.

Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, ficou estável com a saca de 60 kg cotada a R$ 461,94.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também subiram forte nesta quinta-feira, seguindo Nova York. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1474,00 por tonelada - estável, o janeiro/16 teve US$ 1566,00 por tonelada e avanço de US$ 59 e o março/16 registrou US$ 1589,00 por tonelada com valorização de US$ 60.

Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 374,46,00 com queda de 0,41%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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