Café: Cotações do arábica em NY recuam mais de 150 pts nesta 5ª feira e vencimento dezembro/15 chega em US$ 1,15/lb
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda acima de 150 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de quinta-feira (12) com pressão do câmbio. O contrato dezembro/15, inclusive, chegou ao patamar de US$ 1,15 por libra-peso. A ausência de novidades nos fundamentos tem feito o mercado caminhar sem direcionamento definido nos últimos dias, baseando-se mais em aspectos técnicos e análises gráficas.
Por volta das 12h35, o vencimento dezembro/15 estava cotado a 115,40 cents/lb e o março/16 tinha 118,55 cents/lb, ambos com recuo de 150 pontos. O contrato maio/16 era cotado a 120,85 cents/lb com baixa de 155 pontos e o julho/16 operava com 122,95 cents/lb com 160 pontos de desvalorização.
Após recuar na sessão anterior, em meio a rumores de mudança no Ministério da Fazenda com a saída de Joaquim Levy e a entrada do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o dólar voltou ao campo positivo nesta quinta-feira. Às 12h04, a cotação comercial da moeda norte-americana avançava 1,30%, a R$ 3,8184 na venda. O dólar mais valorizado ante o real dá maior competitividade às exportações da commodity.
De acordo com dados do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café), em outubro, o Brasil embarcou 3,216 milhões de sacas de 60 kg de café, enquanto que no mesmo período de 2014 o volume atingiu 3,346 milhões de sacas. Segundo analistas, esses números reforçam que a oferta da commodity está boa nos países produtores.
Depois de uma melhora nas condições climáticas, o cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, volta a ter altas temperaturas e pancadas de chuva nos fins de tarde, período típico de verão, informa a Somar Meteorologia. Previsões mais estendidas apontam para a volta de precipitações um pouco mais fortes neste fim de semana para algumas áreas produtoras do Sudeste.
No mercado físico do Brasil, os negócios continuam bem lentos. Os preços estão firmes e as oscilações nas praças de comercialização têm sido curtas, independente de dólar ou bolsa. Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a liquidez só deve voltar ao mercado após o carnaval.