Café: Cotações do arábica em NY operam com leve baixa nesta 3ª e revertem ganhos da sessão anterior
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam do lado vermelho da tabela nesta tarde de terça-feira (10), revertendo todos os ganhos da sessão anterior. Os operadores no mercado externo continuam acompanhando o comportamento do dólar e o desenvolvimento das lavouras no Brasil.
Por volta das 11h59, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a 117,35 cents/lb com queda de 40 pontos, o março/16 tinha 120,90 cents/lb e recuo de 45 pontos. O contrato maio/16 registrava 123,25 cents/lb com 35 pontos de desvalorização, enquanto o julho/16 anotava 125,35 cents/lb e 30 pontos negativos.
Para o diretor da Pharos Consultoria de risco em commodities, Haroldo Bonfá, o mercado está em compasso de espera após as fortes chuvas no cinturão produtivo do Brasil nas últimas semanas. Os agentes aguardam mais informações de como as lavouras receberam essas precipitações e como será o potencial produtivo para a safra 2016/17. Alguns envolvidos acreditam, inclusive, em uma produção normalizada na próxima temporada.
De acordo com previsões da Somar Meteologia, o calor deve voltar nas áreas produtoras de café nos próximos dias e as precipitações ficam mais localizadas sobre o Paraná, São Paulo, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo.
Paralelamente, segundo analistas, as rolagens de posição aumentam com a proximidade do aviso de entrega para dezembro/15, a partir do dia 19. Na sessão de ontem, o contrato tinha em aberto 73.267 lotes, enquanto o março/16 registrava 64.098, com um total de 201.803 contratos em aberto.
O dólar, que sempre acaba influenciando no movimento das commodities, oscila dos dois lados da tabela nesta terça-feira. Às 11h45, a moeda norte-americana comercial tinha alta 0,02%, a R$ 3,800. No lado baixista, os operadores repercutem o anúncio de novos leilões do Banco Central para esta tarde, além dos dados fracos sobre a economia chinesa, que acaba dando suporte às cotações.
No mercado interno, os negócios continuam lentos e os preços caminham sem direcionamento definido. "O produtor está resistente à venda, com essa insegurança econômica eles acabam se afastando dos negócios", disse Gilson Fagundes ontem ao Notícias Agrícolas.
Na segunda-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,69% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 469,59.