Café: Cotações do arábica em NY operam com leve baixa nesta 3ª e revertem ganhos da sessão anterior

Publicado em 10/11/2015 11:31

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam do lado vermelho da tabela nesta tarde de terça-feira (10), revertendo todos os ganhos da sessão anterior. Os operadores no mercado externo continuam acompanhando o comportamento do dólar e o desenvolvimento das lavouras no Brasil.

Por volta das 11h59, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a 117,35 cents/lb com queda de 40 pontos, o março/16 tinha 120,90 cents/lb e recuo de 45 pontos. O contrato maio/16 registrava 123,25 cents/lb com 35 pontos de desvalorização, enquanto o julho/16 anotava 125,35 cents/lb e 30 pontos negativos.

Para o diretor da Pharos Consultoria de risco em commodities, Haroldo Bonfá, o mercado está em compasso de espera após as fortes chuvas no cinturão produtivo do Brasil nas últimas semanas. Os agentes aguardam mais informações de como as lavouras receberam essas precipitações e como será o potencial produtivo para a safra 2016/17. Alguns envolvidos acreditam, inclusive, em uma produção normalizada na próxima temporada.

De acordo com previsões da Somar Meteologia, o calor deve voltar nas áreas produtoras de café nos próximos dias e as precipitações ficam mais localizadas sobre o Paraná, São Paulo, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo.

Paralelamente, segundo analistas, as rolagens de posição aumentam com a proximidade do aviso de entrega para dezembro/15, a partir do dia 19. Na sessão de ontem, o contrato tinha em aberto 73.267 lotes, enquanto o março/16 registrava 64.098, com um total de 201.803 contratos em aberto.

O dólar, que sempre acaba influenciando no movimento das commodities, oscila dos dois lados da tabela nesta terça-feira. Às 11h45, a  moeda norte-americana comercial tinha alta 0,02%, a R$ 3,800. No lado baixista, os operadores repercutem o anúncio de novos leilões do Banco Central para esta tarde, além dos dados fracos sobre a economia chinesa, que acaba dando suporte às cotações.

No mercado interno, os negócios continuam lentos e os preços caminham sem direcionamento definido. "O produtor está resistente à venda, com essa insegurança econômica eles acabam se afastando dos negócios", disse Gilson Fagundes ontem ao Notícias Agrícolas.

Na segunda-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,69% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 469,59.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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