Café: Bolsa de NY recua mais de 150 pts nesta 5ª feira e dezembro/15 perde patamar de US$ 1,20/lb
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de cerca de 150 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de quinta-feira (05). O mercado sente a pressão da desvalorização cambial, mas também volta a repercutir as condições climáticas mais favoráveis às lavouras do Brasil.
Por volta das 12h31, o vencimento dezembro/15 estava cotado a 118,85 cents/lb com baixa de 165 pontos. O março/16 tinha 122,15 cents/lb com queda de 175 pontos. O contrato maio/16 estava cotado a 124,35 cents/lb e o julho/16, mais distante, era negociado a 126,40 cents/lb, ambos com desvalorização de 160 pontos.
Após registrar duas altas seguidas, os futuros do arábica no terminal norte-americano voltaram a perder o patamar de US$ 1,20 por libra-peso no vencimento dezembro/15 na sessão de hoje. O dólar abriu em alta nesta quinta-feira, o que sempre acaba pressionando as commodities, pois dá maior competitividade às exportações. No entanto, acabou virando no início da tarde.
Segundo dados divulgados na terça-feira pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações de café verde do Brasil em outubro atingiram 3,306 milhões de sacas de 60 kg, recorde no ano, com receita de US$ 501,7 milhões. As informações são da Reuters.
"A desvalorização da nossa moeda torna bastante rentável o café brasileiro para o importador", destacou à agência de notícias o sócio-diretor da corretora Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes.
Às 12h, a moeda norte-americana comercial caía 0,32%, cotado a R$ 3,7845 na venda. Os investidores acompanham a atuação do Banco Central que promoveu novos leilões de linha nesta semana. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,8183.
No cinturão produtivo do Brasil, as chuvas continuam beneficiando as lavouras de café. A previsão do tempo aponta que as áreas produtoras do Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais devem receber chuvas fortes ainda pelos próximos dez dias. Já no Espírito Santo, a perspectiva é de clima quente e seco.
No mercado físico, segundo analistas, acontecem poucos negócios nas praças de comercialização. Só aparece para negociar café o produtor que precisa fazer caixa. Na quarta-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 1,04% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 474,53.