Café: Cotações do arábica em Nova York operam com leve queda nesta manhã de 5ª feira

Publicado em 05/11/2015 08:41

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam nesta manhã de quinta-feira (5) com leve queda, após fechar do lado azul da tabela por duas sessões consecutivas. O mercado tem registrado baixo volume de negócios nos últimos dias e busca direcionamento após precificar as recentes chuvas no Brasil e a desvalorização cambial.

Por volta das 09h04, os lotes de arábica com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a 120,05 cents/lb com baixa de 45 pontos, o março/16 registrava 123,35 cents/lb e recuo de 55 pontos. Já o contrato maio/16 tinha 125,55 cents/lb com recuo de 40 pontos, enquanto o julho/16 tinha 127,50 cents/lb e 50 pontos de desvalorização.

Na sessão anterior, as cotações futuras do arábica no terminal norte-americano fecharam praticamente estáveis à espera do desenvolvimento da safra brasileira e acompanhando a volatilidade do câmbio.

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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: À espera de novidades, cotações do arábica em NY fecham com leve alta nesta 4ª feira

Após avançar cerca de 150 pontos na sessão anterior, os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta quarta-feira (4) praticamente estáveis, mas ainda do lado azul da tabela. Os investidores estão na defensiva à espera do desenvolvimento da safra brasileira, além do comportamento do câmbio.

Os lotes de café arábica com vencimento para dezembro/15 encerraram o dia cotados a 120,50 cents/lb com alta de 25 pontos, o março/16 registrou 123,90 cents/lb com avanço de 30 pontos. Já o contrato maio/16 teve 125,95 cents/lb, enquanto o julho/16 fechou a sessão a 128,00 cents/lb, ambos com 25 pontos de valorização.

O mercado trabalhou na sessão de hoje com baixa volatilidade e respeitando níveis de suporte e resistência. "O volume negociado no mercado foi muito baixo, ou seja, não há uma tendência para os preços no curto prazo", afirma o diretor da Pharos Consultoria de risco em commodities, Haroldo Bonfá.

Ainda de acordo com o executivo, o mercado deve esboçar oscilações mais expressivas apenas quando houver informações mais concretas sobre o desenvolvimento da safra brasileira. "Todos estão indecisos quanto ao rumo da produção de café do Brasil. Caso as chuvas continuem, pode ser o prenúncio de uma super safra", ressalta Bonfá.

O clima continua beneficiando as lavouras de café do Paraná, oeste de São Paulo, baixa Mogiana e sul de Minas Gerais com chuvas generalizadas em toda esta semana. Algumas fazendas do Sul de Minas Gerais registraram recentemente a segunda florada do café, até mais produtiva do que a primeira. Agora, os produtores esperam que as condições climáticas continuem favoráveis para que a formação dos chumbinhos não seja prejudicada.

De acordo com informações da Investing, os cafeicultores brasileiros têm recebido bem as chuvas e já acreditam em uma produção mais normalizada para o próximo ano. "Não é o melhor cenário, mas é uma safra normal. A safra caminha razoavelmente bem", avalia o pesquisador de café do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, Renato Garcia Ribeiro, em entrevista ao site.

Mercado interno

No mercado físico, os preços seguem firmes com a ajuda do câmbio e há registros de poucos negócios na maioria das praças de comercialização do Brasil. Entretanto, segundo dados divulgados ontem pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações de café do Brasil em outubro atingiram 3,306 milhões de sacas de 60 kg, recorde no ano, e receita de US$ 501,7 milhões. As informações são da Reuters.

"A desvalorização da nossa moeda torna bastante rentável o café brasileiro para o importador", destacou à agência de notícias o sócio-diretor da corretora Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 546,00 a saca e alta de 0,92%. A maior oscilação no dia foi registrada em Varinha (MG) onde a saca subiu 1,92%, cotada a R$ 530,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 546,00 a saca e avanço de 0,92%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro continua com maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca - estável. A maior variação no dia aconteceu em Patrocínio (MG) com baixa de 2,08% e saca cotada a R$ 470,00.

Na terça-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,50% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 469,63.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também fecharam em alta nesta quarta-feira. O vencimento novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1651,00 por tonelada com avanço de US$ 43, o janeiro/16 teve US$ 1676,00 por tonelada com US$ 31 de alta, enquanto o contrato março/16 registrou US$ 1685,00 por tonelada com valorização de US$ 30.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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