Produção de café tem quebra de pelo menos 30% em Minas
Na linha do horizonte, a vista alcança incontáveis tocos de madeira, galhos e folhas secas, num cenário árido e estéril. Estamos numa fazenda de café no Sul de Minas, famoso pelo clima ameno e com chuvas regulares, ideal para a cafeicultura. No terceiro ano consecutivo de estiagem, a região, principal produtora do grão no mundo, convive agora com problemas típicos do Norte do estado e vê a produção cair por causa da seca. Se antes bastava esperar a chuva, produtores têm que driblar até mesmo a falta de água para o abastecimento das fazendas. Mas o impacto da seca na lavoura de café não se restringe ao Sul. Apenas nesta safra, que acaba de ser colhida, houve quebra de pelo menos 30% na produção no estado, em decorrência principalmente da escassez de precipitações, segundo o Centro de Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG).
“A seca afetou a produção de 2014, a de 2015 e vai afetar a de 2016. Estamos passando o momento de florada e as chuvas não estão como deveriam. Nesta safra, faltou chuva e os grãos ficaram pequenos. Tivemos uma quebra de 30% a 35% em relação ao que era esperado”, afirma o presidente do CCCMG, Archimedes Coli Neto. “Se não chover a curto e médio prazo não há o que se fazer, é esperar São Pedro. A médio e longo prazo, temos que começar a repensar o uso da água, a melhoria das nascentes e de captações nas fazendas”, completa. Por causa da menor produção, o preço do café se manteve em alta nesta safra.
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