Queda de preços do café robusta com oferta maior do connilon brasileiro
Se o seu café instantâneo parece estar com um toque mais suave ultimamente, provavelmente isso é decorrência de uma mudança na dinâmica do mercado global da commodity agrícola.
Os preços do café robusta, frequentemente utilizado na produção da bebida instantânea, caíram 25% nos últimos 12 meses na bolsa de futuros de Londres, a ICE, graças em grande parte a um excesso na oferta de grãos brasileiros que foram vendidos com a recente desvalorização do real. Os futuros com vencimentos em três meses fecharam, na sextafeira, a US$ 1.653 por tonelada.
Enquanto isso, os produtores de café no Vietnã, o segundo maior produtor mundial de café atrás do Brasil, também estão sentados em uma crescente pilha de grãos, esperando por uma recuperação nos preços antes de venderem o produto.
Os estoques de café robusta na bolsa de futuros ICE quase dobraram nos últimos 12 meses, principalmente devido ao influxo dos grãos brasileiros, conhecidos como connilon. O real enfraquecido tornou mais atraente para os produtores brasileiros vender o café do que estocá-lo. Diferentemente, as exportações de café do Vietnã — o maior produtor global de robusta — caíram 22% na safra 201415, encerrada em 30 de setembro.
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