Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York opera com leve alta nesta manhã de 5ª feira

Publicado em 29/10/2015 08:31

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de quinta-feira (29). O mercado registra recuperação após quase perder o patamar de US$ 1,20 por libra-peso depois de cinco sessões seguidas em baixa. No entanto, apesar da valorização de ontem e hoje, analistas não acreditam em reversão de tendência, mas sim em ajustes técnicos.

Por volta das 09h14, o contrato dezembro/15 registrava 119,85 cents/lb e o março/15 tinha 123,20 cents/lb, ambos com alta de 75 pontos. O vencimento maio/16 operava com 125,30 cents/lb e 80 pontos de valorização, enquanto o julho/16 era cotado a 126,75 cents/lb e 30 pontos de avanço.

Nos últimos cinco pregões, o vencimento março/16 recuou 3,02% com as recentes chuvas que caem no cinturão produtivo do Brasil e previsão de continuidade nos próximos dias. As precipitações ainda estão irregulares e pouco volumosas, mas nos primeiros dias de novembro os volumes prometem ser mais elevados para São Paulo e centro e sul de Minas Gerais, de acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia.

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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Após cinco sessões consecutivas de queda, Bolsa de Nova York sobe quase 200 pts nesta 4ª feira

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta de quase 200 pontos nos principais vencimentos nesta quarta-feira (28), após ficarem do lado vermelho da tabela por cinco sessões consecutivas. No entanto, para os analistas, esta valorização não representa uma reversão de tendência, mas sim ajustes técnicos.

 


Os lotes com vencimento para dezembro/15 encerraram a sessão de hoje em Nova York cotados a 119,10 cents/lb com 180 pontos de alta e o março/16 teve 122,45 cents/lb com avanço de 185 pontos. Já o contrato maio/16 registrou 124,50 cents/lb e o julho/16 fechou a 126,45 cents/lb, ambos com valorização de 180 pontos.

"As recompras técnicas registradas hoje foram baseadas na insegurança em torno do clima nas regiões produtoras do Brasil. Há sim precipitações previstas, mas ainda de forma irregular. As chuvas são primordiais para uma boa safra de café. Tudo o que o mundo não precisa é de mais uma produção complicada", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Nos últimos cinco pregões, o vencimento março/16 recuou 3,02% com as recentes chuvas que caem no cinturão produtivo do Brasil e previsão de continuidade nos próximos dias. As precipitações ainda estão irregulares e pouco volumosas, mas nos primeiros dias de novembro os volumes prometem ser mais elevados para São Paulo e centro e sul de Minas Gerais, de acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia.

Segundo dados climáticos divulgados pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), ontem (27/10), todas as cidades verificadas pelas estações meteorológicas da cooperativa receberam chuvas. O maior volume foi registrado em Coromandel (MG) com 20,4 milímetros, e o menor em Serra do Salitre (MG) com 0,6 mm.

Vale lembrar que, apesar da melhora recente no clima, algumas lavouras do Sul de Minas Gerais tiveram o potencial produtivo para a próxima temporada comprometido. A florada foi danificada pelas altas temperaturas e falta de umidade no solo.

Em entrevista ontem ao Notícias Agrícolas, o presidente do Sindicato Rural de Patrocínio (MG), Osmar Pereira Junior informou que as chuvas recentes amenizaram as preocupações dos cafeicultores, mas algumas perdas na produção já estão consolidadas. Ainda não é possível quantificar os prejuízos, entretanto, a ausência de precipitações e as altas temperaturas comprometeram a produção. Esse pode ser o terceiro ano consecutivo de quebra na safra na região.

» Em Patrocínio (MG), chuvas amenizam preocupações dos cafeicultores, mas produção tem quebra consolidada

Mercado interno

De acordo com Marcus Magalhães, sempre há negócios no mercado físico. No entanto, o ritmo continua lento. "Os produtores aparecem mais nas praças de comercialização quando o preço está mesmo interessante, e a dica é essa mesmo. Os custos de produção estão mais altos para todo mundo. Acredito que um valor acima de R$ 500,00 é adequado para um café arábica de boa qualidade e o conilon cerca de R$ 370,00", explica o analista.

O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 546,00 a saca e alta de 1,11%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG), onde a saca subiu 2,61%, cotada a R$ 512,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 546,00 a saca e 1,11% de valorização. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro continua com maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca - estável. A maior variação no dia aconteceu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 2,13% e saca cotada a R$ 480,00.

Na terça-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,33% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 465,22.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também fecharam em alta nesta quarta-feira. O vencimento novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1538,00 por tonelada com avanço de US$ 12, o janeiro/16 teve US$ 1576,00 por tonelada com US$ 17 de alta, enquanto o contrato março/16 registrou US$ 1586,00 por tonelada com valorização de US$ 16.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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