Café: Com chuvas no cinturão produtivo do Brasil, Bolsa de Nova York recua quase 400 pts nesta tarde de 4ª feira

Publicado em 21/10/2015 12:36

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de quase 400 pontos nesta tarde de quarta-feira (21). O mercado volta a recuar após a leve recuperação na sessão anterior, quando agentes acreditaram que o mercado tinha recuado demais. No entanto, hoje, a previsão de chuva para o final desta semana e a próxima volta a influenciar o mercado.

Por volta das 13h07, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a US$ 121,30 cents/lb com baixa de 345 pontos. O contrato março/16 tinha US$ 124,70 cents/lb e o maio/16 registrava US$ 126,15 cents/lb, ambos com recuo de 340 pontos, enquanto o julho/16 valia US$ 128,50 cents/lb com 355 pontos negativos.

"A chuva já chegou a algumas cidades do cinturão produtivo, mas ainda de forma irregular. Mas parece que o clima tende a melhorar e os operadores em Nova York repercutem isso. Ainda assim é cedo para saber como as lavouras vão reagir às chuvas", afirma o analista de mercado Gilson Fagundes.

De acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia, nesta segunda metade da semana áreas de instabilidade ganham força sobre o Sudeste, com possibilidade de pancadas irregulares de chuva para as áreas produtoras de café, principalmente São Paulo e sul de Minas Gerais. Entre a sexta-feira e o fim de semana, as chuvas se espalham por Minas Gerais, atingindo pontos do Cerrado e zona da Mata.

Informações reportadas pela agência de notícias Bloomberg dão conta que as precipitações devem permanecer esporádicas sobre o cinturão produtivo de café pelos próximos cinco dias. "Mais chuvas são necessárias para o desenvolvimento das lavouras de café, após a florada.

Ainda segundo a agência, as cotações do café robusta em Londres também sentem a pressão do clima no Brasil. Ontem, o mercado externo variedade registrou a terceira queda consecutiva, saiu de US$ 1617,00 por tonelada no vencimento janeiro/16 na sexta, para US$ 1580,00 por tonelada ontem, queda de US$ 37. "A chuva parece ser suficiente no Brasil, maior produtor de café do mundo", disse um trader à Bloomberg na manhã de hoje.

"Diante deste cenário, analisando os gráficos, o mercado pode sim romper o patamar de US$ 1,20/lb", finaliza Fagundes.

No mercado físico brasileiro, apesar das volatilidades externas não há aumento da liquidez nas praças de comercialização. O produtor continua retraído do mercado.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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