Café: Mercado em NY opera no campo negativo após duas sessões seguidas de alta com câmbio e estimativa da Conab

Publicado em 01/10/2015 09:44

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam do lado vermelho da tabela nesta manhã de quinta-feira (1º). O mercado recua após repercutir os números da Conab para a safra atual do Brasil e a de 2016/17, além da questão cambial.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revisou para baixo a produção da safra 2015/16 do Brasil. A companhia estima que o país deverá colher 42,15 milhões de sacas de 60 kg de café arábica e conilon. Para a próxima safra, estima-se que sejam colhidas 31,3 milhões de sacas

Às 10h10, a moeda norte-americana operava em alta de 0,45%, vendida a R$ 3,9832.

Por volta das 10h44, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a US$ 119,75 cents/lb com 160 pontos de baixa, o março/16 tinha US$ 122,70 cents/lb com recuo de 170 pontos, o vencimento maio/16 registrava US$ 125,10 cents/lb e 140 pontos de desvalorização, enquanto o julho/16 valia US$ 126,80 cents/lb e recuo de 150 pontos.

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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Preços estão em R$ 500/sc, mas não há reciprocidade vendedora; NY fecha em alta pela segunda sessão seguida

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o pregão desta quarta-feira (30) com alta moderada após registrar intensa volatilidade e operar do lado vermelho da tabela. O mercado registra valorização pela segunda sessão consecutiva ainda repercutindo a revisão para baixo na estimativa da Conab para a safra atual do Brasil, além da questão cambial.

No Brasil, poucos negócios acontecem. A média de negociação está em cerca de R$ 500,00 a saca, mas não há reciprocidade vendedora.

No terminal norte-americano, o vencimento dezembro/15 para o café arábica registrou hoje 121,35 cents/lb com alta de 50 pontos, o março/16 teve 124,40 cents/lb e valorização de 45 pontos. Já o contrato maio/16 anotou 126,50 cents/lb e 40 pontos de avanço, enquanto o julho/16 encerrou a sessão cotado a 128,30 cents/lb e 35 pontos positivos.

"Quando estava em baixa, o mercado realizava lucros. Mas essa nova queda do dólar ante o real e os números da Conab, mais uma vez, deram suporte as cotações", afirma o analista de mercado João Santaella.

Na terça-feira a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revisou para baixo a produção da safra 2015/16 do Brasil. A companhia estima que o país deverá colher 42,15 milhões de sacas de 60 kg de café arábica e conilon.

O resultado, em período de baixa bienalidade da cultura, representa redução de 7% em relação à produção de 45,34 milhões de sacas obtidas em 2014. O café arábica representa 74,2% da produção total do país. Para esta safra, estima-se que sejam colhidas 31,3 milhões de sacas.

» Conab: Brasil deverá colher 42,15 milhões de sacas de café em 2015

Já o dólar encerrou a sessão desta quarta-feira cotado a R$ 3,9655 na venda com 2,31% de avanço. A moeda menos valorizada ante o real acaba desencorajando as exportações que estão boas, e faz com que as cotações na bolsa subam um pouco. Segundo a agência de notícias Reuters, os investidores viram com bons olhos as ações tomadas pelo governo para apaziguar as tensões com a base aliada no Congresso.

» Veja como a oscilação do dólar influencia no mercado do café

De acordo com João Santaella, outra informação que também atuou como fator altista no pregão de hoje foi a queda nos estoques certificados de café na ICE, que tiveram baixa de 3.445 sacas, indo para 1.998.621 sacas.

Mercado interno

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, no mercado físico brasileiro a 'paradeira' é grande. "Os preços frágeis e o aumento dos custos não indicam ao setor produtivo um aumento de agressividade produtiva", afirma.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 556,00 e baixa de 1,42%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 1,48% e saca cotada a R$ 531,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 556,00 a saca e desvalorização de 1,42%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Franca (SP) com R$ 510,00 a saca - estável. A maior oscilação ocorreu em Araguarí (MG) com desvalorização de 1,96% e R$ 500,00 a saca.

Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 2,14% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 475,84.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe perderam todos os ganhos da sessão anterior nesta quarta-feira. O vencimento novembro/15 fechou cotado a US$ 1550,00 e o janeiro/16 teve US$ 1557,00 por tonelada, ambos com desvalorização de US$ 26, o contrato março/16 registrou US$ 1568,00 por tonelada e US$ 28 de recuo.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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