Café: Após forte alta na sessão anterior, Bolsa de Nova York opera em baixa nesta manhã de 2ª feira

Publicado em 28/09/2015 10:01

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam do lado vermelho da tabela nesta manhã de segunda-feira (28), após a forte valorização na sessão anterior.

Por volta das 09h55, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a US$ 122,35 cents/lb com q    queda de 35 pontos, o março/16 tinha US$ 125,50 cents/lb e desvalorização de 40 pontos. Já o vencimento maio/16 registrava US$ 126,95 cents/lb e o julho/16 valia US$ 128,70 cents/lb, ambos com recuo de 100 pontos.

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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Após semana volátil, cotações do arábica em NY têm alta de quase 450 pts e fecham acima de US$ 1,20/lb

O mercado do café arábica encerra a semana agitado tanto na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), quanto no mercado físico brasileiro. No terminal norte-americano os operadores acompanharam muito a questão cambial e o clima no Brasil após a florada, o que motivou fortes oscilações durante toda a semana. No lado interno, os produtores não aparecem no mercado, principalmente, por conta das oscilações do dólar que gera incertezas.

Nesta sexta-feira (25), na ICE, os lotes do arábica com vencimento para dezembro/15 encerraram cotados a 122,70 cents/lb e o março/16 a US$ 125,90 cents/lb, ambos com valorização de 440 pontos. Já o contrato maio/16 registrou US$ 127,95 cents/lb com 430 pontos positivos e o julho/16 foi negociado a US$ 129,70 cents/lb com 425 pontos de avanço.

"Os investidores focaram-se na recente desvalorização cambial no Brasil, mas principalmente, ao meu ver, pelo excesso de calor na região produtora, e resolveram colocar pressão na ponta compradora, e assim o campo positivo acabou prevalecido", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Até quarta-feira a moeda norte-americana avançava forte sobre o real, o que dá maior competitividade as exportações da commodity. Por outro lado, os agentes derrubavam as cotações em Nova York praticamente na mesma proporção para embolsar os ganhos.

No entanto, na quinta e hoje, o dólar passou a cair sobre o real acompanhando as intervenções realizadas pelo Banco Central para tentar conter o avanço da moeda estrangeira que atingiu níveis históricos nesta semana.

O BC realizou nesta sexta-feira leilão de venda de até um bilhão de dólares e dois leilões de novos swaps cambiais, vendendo em cada um a oferta total de até 20 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

A moeda norte-americana encerrou a sessão cotada a R$ 3,9757 na venda com recuo de 0,39%. Ainda assim, acumulou na semana um avanço de 0,44%.

» Dólar cai 0,39% ante real e termina semana volátil com alta de 0,44%

No aspecto fundamental, segundo analistas, também acaba dando suporte ao mercado a questão climática. Institutos meteorológicos apontam tempo seco e quente para os próximos dias nas regiões produtoras de café do Sudeste, principalmente de Minas Gerais. Algumas áreas do Paraná e sudoeste de São Paulo até podem receber chuvas entre 10 mm e 30 mm.

Segundo informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as floradas recentes animaram os produtores, mas o 'pegamento' e o desenvolvimento dos chumbinhos, que vão determinar o potencial da safra 2016/17, depende do clima nas próximas semanas.

Mercado interno

Com a forte oscilação do dólar que acabou confundindo ainda mais os negócios com café no Brasil e afastando os vendedores, os principais tipos encerraram a semana com alta nas praças de comercialização do país.

"A paradeira é grande e ao que parece, deverá permanecer na rotina cafeeira por um bom período à frente", diz Marcus Magalhães.

Nesta sexta-feira, o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 568,00 e alta de 2,34%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

cereja | Create infographics


Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior variação foi Poços de Caldas (MG) com alta de R$ 43,00 (+8,53%), saindo de R$ 504,00 para R$ 547,00 a saca.

Hoje, o tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 568,00 a saca e valorização de 2,34%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) que teve avanço de 4,08%, para R$ 510,00 a saca.

tipo 4 | Create infographics


Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Franca (SP) que tinha na semana passada saca cotada a R$ 480,00, mas caiu R$ 30,00 (6,25%) e agora vale R$ 510,00.

Nesta sexta, o tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 510,00 a saca e alta de 2,62%. A maior oscilação ocorreu em Franca (SP) com valorização de 4,17% e R$ 500,00 a saca.

tipo 6 | Create infographics


A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Patrocínio(MG), por lá a saca estava cotada a R$ 430,00 na sexta passada, mas teve valorização de R$ 40,00 (9,30%), e agora está em R$ 470,00.

Na quinta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou baixa de 1,78% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 472,24.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam em alta nesta sexta acompanhando Nova York. O vencimento novembro/15 está cotado a US$ 1589,00 por tonelada com alta de US$ 23, o janeiro/16 teve US$ 1597,00 por tonelada e valorização de US$ 30 e o contrato março/16 registrou US$ 1611,00 por tonelada e US$ 32 de avanço.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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