Café: Mercado em NY recupera-se de parte das perdas de ontem nesta manhã de 6ª feira

Publicado em 11/09/2015 09:24

Nesta manhã de sexta-feira (11), os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta após a forte queda registrada na sessão anterior. As fortes chuvas no Brasil que podem beneficiar a produção na próxima temporada e o avanço do dólar ante o real foram os principais fatores de pressão.

Por volta das 09h18, o vencimento dezembro/15 anotava 117,70 cents/lb com 130 pontos de alta, o março/16 tinha 121,25 cents/lb com valorização de 135 pontos. O contrato maio/16 registrava 123,50 cents/lb com avanço de 130 pontos e o julho/16 operava com 125,60 cents/lb também com 130 pontos positivos.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Bolsa de Nova York despenca quase 500 pts nesta 5ª feira com avanço do dólar e chuvas no Brasil

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) despencaram quase 500 pontos nesta quinta-feira (10). Os vencimentos mais próximos perderam o patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O forte avanço do dólar ante o real, e no aspecto técnico, as chuvas no cinturão produtivo que podem favorecer a florada para a safra 2016, foram os principais fatores de pressão no dia.

Os lotes com vencimento para dezembro/15 encerraram a sessão com 116,40 cents/lb e queda de 470 pontos, o março/16 teve 119,90 cents/lb com 465 pontos de baixa. O contrato maio/16 fechou o dia com 122,20 cents/lb e o julho/16 anotou 124,30 cents/lb, ambos com desvalorização de 460 pontos.

De acordo com o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, diante das informações recentes que movimentaram o cenário econômico, a perspectiva é que o mercado do café permaneça por alguns dias no lado vermelho da tabela.

"O rebaixamento do grau de investimento do Brasil, ainda que já esperado, movimentou o câmbio e isso pressionou as cotações do arábica na Bolsa de Nova York", afirma Machado. O dólar mais valorizado que o real encoraja as exportações da commodity.

Ontem, no início da noite, a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil. Com isso, o dólar atingiu quinta-feira R$ 3,91 na máxima do dia, mas depois acabou perdendo a força com mais um anúncio de leilão da moeda estrangeira pelo Banco Central. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 3,8504 na venda, com avanço de 1,34%.

» Dólar sobe 1,34% e vai a R$ 3,85 com rebaixamento do Brasil

Ainda de acordo com o analista de mercado, outro fator que também pressionou as cotações em Nova York foi a ocorrência de chuvas consistentes no cinturão produtivo, estas precipitações devem favorecer a florada principal das lavouras, fundamental para a safra 2016. "Há indícios de uma boa florada vindo nos próximos dias com essas chuvas recentes", diz Anilton Machado.

Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que de hoje até o sábado chuvas fortes devem atingir a faixa que vai do norte do Paraná ao sul de Minas Gerais. O instituto aponta precipitações firmes entre a noite desta quinta e no decorrer de sexta-feira, com risco de temporais localizados.

Vale lembrar que os trabalhos de colheita ainda estão sendo concluídos. Portanto, devido a essas condições climáticas o produtor deve ficar atento.

Em uma previsão mais estendida, a Climatempo acredita que ao longo dos próximos sete dias algumas áreas do Sul de Minas Gerais devem receber até 150 mm.

» Chuvas recentes devem favorecer florada do café no Sul de MG; Cinturão produtivo terá tempo fechado até sábado

Andamento da colheita

De acordo com levantamento realizado pela Safras & Mercado, a colheita de café da safra brasileira 2015/16 foi indicada em 95% até 08 de setembro. Os trabalhos estão atrasados em relação ao mesmo período do ano passado, quando 99% da safra 2014/15 estava colhida.

» Café: Safras & Mercado estima colheita 2015/16 no Brasil em 95% até 08/09

Exportações CeCafé

O mês de agosto apresentou uma receita de US$ 451,686 milhões com as receitas de café, valor 22,2% menor que o registrado em 2014. Em termos de volume, o total exportado foi de 2.831.904 sacas, 8,4% mais baixo que no ano passado. As informações são do Balanço das Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Entretanto, a receita cambial nos últimos oito meses (janeiro/2015 a agosto/2015) um incremento de 1,0% em relação ao período anterior, fechando em US$ 4,087 bilhões. Já o volume registrou uma redução de 1,2% na mesma base comparativa. Foram exportadas, no total, 23.421.955 sacas (verde, torrado & moído e solúvel), com destaque para as exportações de conillon, que apresentaram um aumento de 53% no período.

» Receita cambial com café exportado no acumulado de 2015 até agosto teve alta de 1,0%, diz relatório do CeCafé

Mercado interno

De acordo com Anilton Machado, as negociações no mercado físico brasileiro continuam escassas. "Ocorrem negócios de oportunidade. Poucos produtores liquidaram suas entregas", afirma.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 540,00 - estável. A maior oscilação ocorreu em Guaxupé (MG) com recuo de 1,87%, para R$ 526,00 a saca.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 526,00 a saca e baixa de 1,87%. Foi a maior variação no dia dentre as praças de comercialização.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 469,00 a saca e queda de 2,09%. A maior oscilação ocorreu em Araguarí (MG) com desvalorização de 4,17% e R$ 460,00 a saca.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe encerraram com forte desvalorização nesta quinta-feira. O vencimento setembro/15 está cotado a US$ 1584,00 por tonelada com baixa de US$ 11, o novembro/15 teve US$ 1559,00 com e o janeiro/16 anotou US$ 1573,00, ambos com desvalorização de US$ 45.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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