Chuvas de granizo voltam a ser risco em áreas produtoras de café

Publicado em 04/09/2015 08:00

Após uma recente chuva de granizo registrada em municípios do Sul de Minas, entre os dias 25 e 26 de agosto, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) alerta para novas possibilidades de ocorrência do granizo.

As altas temperaturas previstas em dados analisados pelo pesquisador da Embrapa e Epamig na área de Agrometeorologia e Climatologia, Williams Ferreira, podem prevalecer no próximo trimestre. A probabilidade é de 70% de que a temperatura para todo o Brasil fique acima da média normal para o período no próximo trimestre, com exceção das regiões sul e oeste do Rio Grande do Sul.

O estudo adverte, contudo, que apesar da uma primavera ‘quente’, ainda não há indicativo de que o próximo verão será de temperaturas acima da média do período. Já em locais que incluem a porção oeste de São Paulo e do Paraná poderão apresentar anomalias negativas de temperatura, ou seja, as temperaturas nesses estados poderão ficar abaixo do valor médio normal esperado para o mês.

As chuvas fortes também podem ser impulsionadas por outro fenômeno, o El Niño. Segundo Williams Ferreira, considerando a ocorrência do fenômeno e as temperaturas elevadas já no mês de setembro, “poderá já no início desse mês ocorrer chuvas intensas isoladas com ocorrência de granizo e ventanias principalmente na região de transição, onde ocorre o encontro das massas de ar frias, provenientes do Sul do continente, com as massas de ar quente provenientes da região equatorial, as quais costumam ficar estacionadas na região central e em parte da região Sudeste do Brasil”.

Em sua análise, o pesquisador alerta que no caso específico do Estado de Minas Gerais, já no início de setembro aumenta a probabilidade de ocorrência de chuvas isoladas com granizo. Os locais com maior probabilidade incluem importantes regiões cafeeiras, como em Araxá e Patos de Minas, ambas no Cerrado Mineiro, em todo oSul de Minas e na região de Juiz de Fora na Zona da Mata Mineira.

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Alta de temperaturas e El Niño aumentam possibilidade de granizo em MG

Na atualidade os modelos climáticos dos principais centros de previsão climática internacionais apontam mais de 90% de chance de que o fenômeno El Niño continue ao longo do verão e mais de 85% de chance de que irá alcançar a outono de 2016, ou seja, deverá permanecer pelo menos até abril do próximo ano.

Desde abril desse ano as anomalias positivas, ou seja, o aumento na temperatura da superfície, têm se intensificado na porção central e leste da região equatorial do Oceano Pacífico. A partir das últimas semanas de julho as temperaturas chegaram a ficar acima da média, sendo que no final da semana passada a anomalia chegou a alcançar 2,1ºC.

A atual condição que ratifica a ocorrência do fenômeno El Niño é também representada pelo ‘Índice Oceânico de El Niño’ (ONI, sigla em inglês) que é apresentado na Tabela 1. Esse índice revela os trimestres quentes (marcados pela cor vermelha) e os trimestres frios (marcados pela cor azul), definidos quando os valores de ONI ocorrem com anomalias de temperaturas de ±0,5oC após uma sequência de três meses consecutivos. Essas anomalias são identificadas e registradas principalmente na região denominada ?Niño 3,4? a qual é definida entre as latitudes de 5o N e 5o S e longitude entre 120o e 170o W (Figura 4). Considerando o histórico de ocorrência de períodos com anomalias positivas (temperaturas acima da superfície do oceano da média) ou negativas (temperaturas da superfície do oceano abaixo da média) os trimestres são coloridos respectivamente em vermelho ou azul quando esses limites são alcançados por no mínimo cinco estações (trimestres) consecutivas, o que deve ocorrer ao final do trimestre junho a agosto.

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Fonte: CaféPoint

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