Café: Bolsa de NY recua 100 pts nesta manhã de 2ª feira após valorização de quase 10% na semana passada
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo negativo nesta manhã de segunda-feira (17). Na sessão anterior, o mercado registrou alta de cerca de 50 pontos nos principais vencimentos.
Por volta das 09h57, o vencimento setembro/15 registrava 136,50 cents/lb com 100 pontos de baixa, o dezembro/15 anotava 140,30 cents/lb e recuo de 85 pontos. O contrato março/16 tinha 143,75 cents/lb com desvalorização de 75 pontos e o maio/16 operava com 144,95 cents/lb e 160 pontos negativos.
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Veja como o mercado fechou na sexta-feira:
Café: Bolsa de Nova York tem 7,59% de alta em uma semana com preocupações sobre a safra 2015/16
As cotações do café arábica registraram leve alta nesta sexta-feira (14) com valorização de cerca de 50 pontos nos principais vencimentos, após oscilação nos dois campos durante o pregão. Entretanto, em uma semana, o contrato setembro/15 teve valorização de 7,59%, saindo de 127,80 centavos de dólar por libra-peso na sexta passada para 137,50 cents/lb hoje.
O vencimento dezembro/15 anotou na sessão desta sexta 141,15 cents/lb com 55 pontos de avanço. O março/16 fechou o dia com 144,50 cents/lb e o contrato maio/16, mais distante, teve 148,45 cents/lb, ambos com avanço de 60 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento hoje foi tranquilo e marcado por curtas oscilações. "Os investidores buscam acalmar os ânimos a fim de deixar as cotações vigentes dentro de um processo de acomodação ante as recentes volatilidades presenciadas", explica o analista.
"Para a semana vindoura é possível que as emoções retornem aos pregões já que o quadro fundamental começa a falar mais alto deixando os operadores totalmente desconfortáveis no que se refere à manutenção do carrego das posições vendidas a descoberto no mercado", diz Magalhães.
Nesta semana, as cotações futuras do café arábica subiram bastante ignorando o cenário macroeconômico internacional, que levou à desvalorização de grande parte das commodities. A incerteza dos envolvidos em relação ao aperto no equilíbrio entre a oferta e demanda mundial conferiu sustentação às cotações.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta uma safra brasileira de café de 44,2 milhões de sacas de 60 kg para esta temporada, sendo 32,9 milhões referentes à variedade arábica e 11,3 milhões à robusta. Já o IBGE, em estimativa divulgada nesta semana, estima colheita de 44,2 milhões de sacas.
O CNC (Conselho Nacional do Café) acredita em números menos otimistas, 40,3 milhões de sacas de 60 kg, ponto mais baixo da faixa da previsão divulgada pela entidade em março. Estimativas estrangeiras, como a do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), apontam a safra de café do Brasil próxima de 50 milhões de sacas de 60 kg. Segundo analistas consultados pelo Notícias Agrícolas, a demanda doméstica e externa de café deve totalizar neste ano 56 milhões de sacas.
Estoques de café
Segundo estimativa da Terra Forte divulgada ontem, o Brasil registrou estoques finais de café de 4,66 milhões de sacas de 60 kg em 1º de julho, o menor volume desde 1999.
A exportadora estimou a safra de café do Brasil 2015/16 em 47,28 milhões de sacas, ante 46,78 milhões de sacas na safra anterior.
» Estoques de café do Brasil são os menores desde 1999, diz Terra Forte
O relatório bianual de café divulgado pelo USDA em junho chegou a informar que os estoques mundiais no final desta safra devem ser os menores desde 2011, com 31,5 milhões de sacas.
Mercado interno
No mercado físico nacional, o dólar mais valorizado ante o real contribuiu para o aquecimento dos negócios no Brasil. Há maior procura pelos cafés de melhor qualidade, que subiram entre R$ 40,00 e R$ 60,00 de uma semana para outra. Em algumas praças os melhores tipos chegaram a ser negociados próximos de R$ 600,00 a saca.
O tipo cereja descascado teve hoje maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 582,00 e alta de 1,22%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca-SP, onde a saca caiu 1,79%, para R$ 550,00 a saca.
Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior valorização foi Poços de Caldas-MG com R$ 57,00, saindo de R$ 515,00 para R$ 572,00 a saca.
O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 572,00 a saca e valorização de 1,24%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca-SP onde a saca caiu 5,56%, para R$ 510,00.
Na sexta-feira da semana anterior, a saca na cidade de Varginha-MG estava cotada a R$ 515,00, mas subiu R$ 40,00 e agora está em R$ 515,00. Foi a maior alta do tipo na semana.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 524,00 a saca e avanço de 1,35%. A maior variação no dia foi registrada na cidade de Franca-SP com saca cotada a R$ 500,00 e recuo de 3,85%.
Na semana passada, a saca do tipo estava cotada a R$ 440,00 na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP, mas subiu R$ 60,00 e agora vale R$ 500,00. Foi a maior valorização.
Na quinta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 2,33% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 476,60.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam levemente mais baixas nesta sexta-feira. O contrato setembro/15 está cotado a US$ 1696,00 por tonelada com queda de US$ 8, o novembro/15 teve US$ 1712,00 com desvalorização de US$ 7. O vencimento janeiro/16 anotou US$ 1727,00 por tonelada com US$ 8 de baixa.