Café: Bolsa de Nova York tem leve queda nesta manhã de 2ª feira após avançar 350 pontos na sessão anterior

Publicado em 10/08/2015 09:40

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve queda nesta manhã de segunda-feira (10). O mercado perde parte dos ganhos registrados na sessão anterior quando subiu mais de 350 pontos.

Por volta das 9h36, o vencimento setembro/15 registrava 127,50 cents/lb com queda de 30 pontos, o dezembro/15 anotava 130,45 cents/lb e recuo de 40 pontos e o contrato maio/16 tinha 134,00 cents/lb com 25 pontos de desvalorização.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado interno do café deve ter hoje um dia com preços firmes e poucos negócios.

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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Bolsa de NY encerra semana com alta de quase 400 pts; dólar alto aquece vendas no Brasil

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com altas próximas de 400 pontos nos principais vencimentos nesta sexta-feira (7). O mercado esboçou reação diante das informações de atraso na colheita do Brasil e baixa produtividade.

Durante a semana, os futuros apresentaram intensa volatilidade, mas sempre fechavam praticamente lateralizados, diferente de hoje.

O vencimento setembro/15 registrou 127,80 cents/lb com alta de 355 pontos, o dezembro/15 anotou 130,85 cents/lb e avanço de 350 pontos. O contrato março/16 fechou o dia com 134,25 cents/lb e o maio/16 teve 136,40 cents/lb, ambos com valorização de 350 pontos.

Segundo o analista de mercado, Gilson Fagundes, a bolsa norte-americana fez correções nesta sexta ante as recentes baixas. "Os operadores repercutem a questão do atraso na safra e a possibilidade de quebra nesta temporada. Também há a cobertura de vendidos no terminal", afirma.

Na segunda-feira, o presidente da Procafé, José Edgard Paiva, informou ao Notícias Agrícolas que a safra atual de café do Brasil, provavelmente será entre 20% e 30% menor do que o previsto em março pela Instituição, 41 milhões a 43 milhões de sacas de 60 kg. A estimativa é bem abaixo das mais de 50 milhões de sacas previstas pela Volcafé e pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Segundo o site Agrimoney, os operadores na bolsa norte-americana não repercutiram essa informação na quarta-feira, quando foi divulgada, pois acreditavam que os números da Procafé estão alinhados aos do governo, que muitas vezes tem uma visão pessimista da produção de café doméstica.

Outra questão que repercute bastante entre os cafeicultores no Brasil é o baixo rendimento dos grãos, que estão bem menores. Em média, são gastos 25% a mais para completar uma saca beneficiada de 60 kg do produto.

» Colheita da safra 2015 avança, mas rendimento do café preocupa produtores do Brasil

Para o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a baixa do dólar ante o real hoje após seis sessões de alta também impulsionou as cotações. A moeda norte-americana caiu 0,83%, a 3,5081 reais na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,44 por cento.

Safra de café do Brasil 2015

O CNC (Conselho Nacional do Café) divulgou em seu informativo nesta sexta-feira que a safra 2015 do Brasil ficará perto de 40,3 milhões de sacas, ponto mais baixo da faixa da previsão divulgada pela entidade em março, por influência de uma grande incidência de grãos pequenos.

» Safra de café do Brasil 2015 deve ficar perto de 40 mi sacas, diz CNC

Exportações CeCafé

A receita cambial com as exportações de café do Brasil registrou nos últimos sete meses (janeiro/2015 a julho/2015) um incremento de 4,5% em relação ao período anterior, fechando em US$3,623 bilhões. Já o volume ficou praticamente estável, registrando uma redução de 0,5% na mesma base comparativa. A informação foi divulgada hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

» Receita cambial com café exportado no acumulado de 2015 até julho teve alta de 4,5%, diz relatório do CeCafé

Mercado interno

O dólar voltou a fortalecer-se no Brasil, auxiliando na recuperação dos preços do café no mercado físico. Os produtores de arábica têm ofertado preferencialmente grãos de qualidade inferior, como o rio, já que reservam os cafés com classificação mais elevada para o cumprimento de contratos.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nesta sexta na cidade de Poços de Caldas-MG com saca cotada a R$ 515,00 e alta de 2,59%. Foi a oscilação mais expressiva no dia. (Veja a variação semanal para o tipo no gráfico abaixo):

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 533,00 a saca e valorização de 1,91%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha-MG onde a saca subiu 2,15%, para R$ 475,00. (Veja a variação semanal para o tipo no gráfico abaixo):

O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Guaxupé-MG com R$ 476,00 a saca a avanço de 2,15%. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Marília-SP com alta de 7,14% e saca cotada a R$ 450,00. (Veja a variação semanal para o tipo no gráfico abaixo):

Na quinta-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta 1,42% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 444,17.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe (antiga Liffe) fecharam em alta acentuada nesta sexta. O contrato julho/15 está cotado a US$ 1661,00 por tonelada com valorização de US$ 21, o setembro/15 teve US$ 1681,00 por tonelada e avanço de US$ 22 e o novembro/15 anotou US$ 1696,00 por tonelada com US$ 21 de alta.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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