Café: Bolsa de Nova York vira após o meio-pregão desta 4ª feira e cai mais de 3% na posição julho/15
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) passaram a operar com queda após o meio-pregão desta quarta-feira (20). Pela manhã, o mercado recuperava-se de parte das perdas da sessão anterior quando o mercado caiu mais de 300 pontos em realização de lucros. Entretanto, virou e agora passa a elevar a queda de ontem em meio a fatores técnicos.
Por volta das 13h18, o contrato julho/15 anotava 136,70 cents/lb com recuo de 315 pontos, o setembro/15 tinha 139,30 cents/lb com desvalorização de 305 pontos, o dezembro/15 registrava 143,05 cents/lb com baixa de 280 pontos. Já o vencimento março/2016 tinha 146,70 cents/lb e 270 pontos negativos.
Segundo informações de agências internacionais, a dúvida com relação ao potencial produtivo do Brasil ainda repercute em Nova York apesar das estimativas mais recentes serem de acordo com o que os agentes já esperavam.
Na semana passada três estimativas para a safra do Brasil foram divulgadas, a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (42,4 milhões de sacas), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) (52,4 milhões de sacas) e a da Safras & Mercado (50,4 milhões de sacas). No entanto, elas trouxeram números que o mercado já esperava.
Vale lembrar ainda que a colheita no Brasil avança, mas sem grande ritmo nas principais regiões produtoras. Em reportagem publicada nesta terça-feira, a agência de notícias Reuters informou que a colheita na Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, situada no Sul de Minas Gerais, já começou. No entanto, o volume colhido neste ano deverá ficar praticamente estável na comparação com a fraca temporada de 2014, atingida por uma seca histórica.
O presidente da instituição Carlos Paulino da Costa durante entrevista no fórum Coffee & Dinner que acontece em São Paulo, estimou a colheita dos cooperados em 4,6 milhões de sacas de 60 kg, enquanto o volume colhido na região de abrangência da cooperativa foi visto em cerca de 9 milhões de sacas, ou cerca de 20 por cento da produção do Brasil, o maior produtor e exportador global.