Café: Bolsa de Nova York estende ganhos da sessão anterior nesta manhã de 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta nesta manhã de sexta-feira (15) e estendem os ganhos da sessão anterior.
Por volta das 10h29, o contrato julho/15 anotava 138,75 cents/lb e avanço de 125 pontos, o setembro/15 tinha 141,00 cents/lb com valorização de 105 pontos e o dezembro/15 registrava 144,40 cents/lb com alta de 95 pontos.
Na sessão de ontem, o mercado registrou intensa volatilidade mas acabou reagindo com recompras diante da proximidade do mercado de clima no Brasil e a insegurança com relação ao abastecimento.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Mercado em Nova York sobe mais de 200 pts nesta 5ª feira com recompras
As cotações do café arábica fecharam com alta acentuada nesta quinta-feira (14) reagindo com recompras em mais um dia de sessão volátil na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
O contrato maio/15 encerrou o pregão com 135,65 cents/lb e 125 pontos de alta, o julho/15 registrou 137,50 cents/lb e o setembro/15 teve 139,95 cents/lb, ambos com alta de 210 pontos. O vencimento dezembro/15 fechou o dia com 143,45 cents/lb e 205 pontos de valorização.
"Dentro deste total desconforto mercadológico, aliado a proximidade do mercado de clima no Brasil e a insegurança com relação ao abastecimento, os envolvidos não tiveram saída e com isso, recompras preventivas ante ao futuro incerto foram deflagradas", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Vale lembrar que ontem o fechamento no terminal americano foi praticamente neutro mesmo com a divulgação da estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que projetou safra de 52,4 milhões de sacas de 60 kg para o Brasil nesta temporada.
"O mercado já vinha dando sinais de que tinha precificado o pior dos mundos, e assim não havia mais o sentimento de que novas batidas poderiam ser vistas", diz Magalhães.
A queda do dólar contra o real no Brasil nesta quinta também ajudou a dar suporte as cotações na Bolsa de Nova York. A moeda caiu 1,51%, cotada a R$ 2,9927 na venda.
A sessão nesta quinta-feira voltou a registrar intensa volatilidade, os futuros chegaram a operar nos dois campos durante o dia inclusive. A colheita também se aproxima e o clima deve ajudar nos trabalhos, a única dúvida que fica diz respeito aos números da produção brasileira nesta temporada.
"O que tem pesado no mercado é essa falta de direção. A volatilidade tem sido causada por aspectos técnicos e a questão do câmbio que também acaba mexendo com o preço do café. Além disso, temos uma safra brasileira que começa a ser colhida e que ainda há indefinição de números", explicou o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach ontem ao Notícias Agrícolas.
Estimativa Safras & Mercado
A safra brasileira de café 2015/16, que está sendo colhida agora, deve ficar em 50,4 milhões de sacas de 60 kg, com um aumento de 1% em relação à safra 2014/2015. É o que aponta a primeira estimativa da Safras & Mercado para a safra 2015/16, realizada através de consulta entre agrônomos, cooperativas, produtores, exportadores, comerciantes, armazenadores e Secretarias de Agricultura.
A produção total de arábica 2015/16 foi indicada em 36,1 milhões de sacas, com incremento de 7% contra 2014/15 (33,6 milhões de sacas). Já a safra 2015/16 de conillon foi colocada em 14,3 milhões de sacas, devendo ter queda de 12% na comparação com 2014/15 (16,2 milhões de sacas).
» Café: SAFRAS aponta produção 2015/16 do Brasil em 50,4 milhões de sacas
Mercado interno
O mercado no Brasil tem presenciado uma retração vendedora do setor produtivo nas praças de comercialização, indicando, repulsa aos preços praticados, informa Marcus Magalhães. Hoje, as cotações nas principais praças de comercialização ficaram estáveis para mais altos.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 507,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Varginha-MG com avanço de 1,05% e saca cotada a R$ 480,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 507,00 - estável. A maior oscilação foi em Franca-SP com baixa de 2,13% e saca cotada a R$ 460,00.
O tipo 6 duro teve maior valor nas cidades de Franca-SP e Araguarí-MG com R$ 460,00 a saca, preço estável na primeira e avanço de 2,22% no município mineiro. Foi a maior oscilação no dia.
Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,12% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 426,77.