Ajustada, cafeicultura busca retomada no Paraná
Depois de enfrentar geada negra há dois anos e estiagem em 2014, a cafeicultura do Paraná busca a retomada na produção. A colheita do grão começa a engrenar no estado e o setor estima que é possível recuperar parte do volume dizimado pelas recentes intempéries climáticas. O avanço é acompanhado por sustentação nos preços, trazendo alívio parcial aos produtores.
Conforme previsão do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), a atual safra pode render 61,8 mil toneladas de café (1,03 milhão de sacas de 60 quilos).
O volume representa um salto de 83% ante 2014, mesmo com acréscimo de apenas 27% na área, para 42,4 mil hectares. A explicação está no ganho de produtividade, indica especialista da entidade, Paulo Franzini. “O clima desde a última florada tem sido favorável e a produção terá mais qualidade”, aponta.
O ajuste na oferta é acompanhado condições mais favoráveis de preço. O valor médio pago pela saca de 60 quilos em 2013 foi de R$ 257 no Paraná.
Nos quatro meses de 2015 a remuneração média já chega a R$ 390 por saca, após atingir picos acima de R$ 400/sc.
Mesmo com a retomada, o espaço ocupado pelo café ainda é 35% menor do que em 2013. Franzini aponta que houve uma reestruturação forçada na atividade devido às intempéries ocorridas desde então.
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