Café: Cotações do arábica recuam no meio-pregão em NY nesta 3ª feira com previsões otimistas para safra 2015/16 do Brasil
Os futuros do café arábica operam em baixa após o meio-pregão desta terça-feira (14) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e estendem as perdas da sessão anterior. Pela manhã as cotações estavam no campo misto ainda encontrando um direcionamento.
As últimas sessões no terminal norte-americano tem sido marcadas por intensa volatilidade. Ontem, por exemplo, o mercado chegou a 200 pontos de alta, mas fechou o dia com queda de cerca de 150 pontos.
Nesta terça, por volta das 13h37, o contrato maio/15 tinha 133,15 cents/lb e recuo de 60 pontos, o julho/15 anotava 135,35 cents/lb e o setembro/15 tinha 138,20 cents/lb, ambos com 85 pontos de recuo. O vencimento dezembro/15 registrava 142,00 cents/lb com 95 pontos de desvalorização.
Segundo informações de agências internacionais, a expectativa de uma safra abundante no Brasil nesta temporada pressiona as cotações neste momento em Nova York. Essa confiança dos operadores só aumenta com as recentes estimativas particulares, como a da importadora Wolthers Douque, com sede na Flórida.
Segundo a companhia, a safra em 2015/16 deve ser de 45,6 milhões de sacas de 60 kg, ante as 44,21 milhões de sacas na temporada anterior. Informações divulgadas ontem pela Bloomberg com base em relatório da Wolthers após visitas em áreas de café do Brasil, se constatou que as "plantas pareciam bastante exuberantes e fortes".
A agência de notícias também informou que o café apresenta até o momento o pior desempenho entre as commodities, caindo na ICE Futures US, em Nova York, 2,2% na semana passada, enquanto o Índice de Mercadorias Bloomberg caiu 0,2%. O Índice Mundial registrou uma subida de 1,9% e o Índice de dólar spot Bloomberg avançou 1,8%.
As precipitações de fevereiro e março melhoraram as perspectivas para a safra que começará a ser colhida no mês que vem. Com mais café em vistas, os exportadores estão embarcando de armazéns para abrir espaço para a nova safra, diz o texto da Bloomberg.