Café: Cotações esboçam ligeira reação em NY na manhã desta 6ª feira após cair para patamar dos US$ 1,50
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta nesta manhã desta sexta-feira (20), após registrar a quarta sessão consecutiva na sessão anterior e ter mais uma vez os menores patamares em um ano.
Por volta das 10h24, o contrato março/15 tinha 150,25 cents/lb e alta de 105 pontos, o maio/15 anotava 153,35 cents/lb com avanço de 70 pontos, o vencimento julho/15 tinha 156,10 cents/lb e 65 pontos positivos, enquanto o setembro/15, mais distante, registrava 158,85 cents/lb com alta de 75 pontos.
O mercado desde sexta-feira passada vem apresentando uma tendência parecida com os preços registrando alta na abertura da sessão, caindo após o meio-pregão e atingindo baixos patamares no fim do dia. De acordo com analistas, o que ter influenciado o mercado são as informações de chuva no cinturão produtivo que amenizam as preocupações dos operadores com relação ao tamanho da safra nesta temporada. No entanto, a realidade não é bem assim, muitos produtores afirmam que as condições nas lavouras estão bem parecidas com o ano passado.
Na sessão anterior, os futuros se mantiveram no menor patamar em um ano com o fortalecimento do dólar ante o real e a queda do petróleo e outras commodities, além das chuvas, contribuindo para a queda no mercado.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: NY tem quarta sessão consecutiva de queda nesta 5ª feira e atinge o menor patamar em um ano
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram mais um dia de queda nesta quinta-feira (19), é a quarta sessão consecutiva que os preços ficam no campo negativo e mais uma vez atingem os menores patamares em um ano.
O contrato março/15 fechou o pregão com 149,20 cents/lb e queda de 360 pontos, o maio/15 anotou 152,65 cents/lb com recuo de 430 pontos, o vencimento julho/15 encerrou a sessão com 155,45 cents/lb e 425 pontos negativos, enquanto o setembro/15, mais distante, registrou 158,10 cents/lb com baixa de 420 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, uma combinação de fatores derrubou a bolsa, dentre eles a alta do dólar no Brasil -- a moeda norte-americana subiu 0,83 por cento e está cotada a 2,8657 reais na venda --, e também os operadores acreditando que as chuvas que ocorreram em Minas Gerais e São Paulo têm forças para reverter os prejuízos e culminar em boa produção para essa safra.
No entanto, para o analista, essa derrocada no mercado é surreal. "Numa semana com notícias de baixa nos estoques, alta no consumo segundo a OIC e algumas localidades do Espírito Santo e Bahia há 50 dias sem chuvas não dá para acreditar nesse movimento, só pode ser especulação. Não consigo fazer uma relação entre os fatos e o que acontece em Nova York", afirma Magalhães.
Além das informações citadas pelo analista da Maros Corretora e que foram reportadas pelo Notícias Agrícolas, a Volcafe divulgou nesta quinta-feira (19) que a produção global de café na temporada 2015/16 deve subir para 152,8 milhões de sacas de 60 kg, ante 142,2 milhões de sacas registradas na temporada anterior.
A divisão de café da trading ED&F Man ainda previu em seu relatório trimestral um déficit de 1,4 milhão de sacas, o número é menor que na safra 2014/15 quando o déficit foi estimado em 8,9 milhões. Segundo informações do Agrimoney, essa é a primeira vez desde 1999 que a Volcafe prevê déficit por dois anos consecutivos. No entanto, os operadores na Bolsa de Nova York não precificaram tanto essa informação e de acordo com o site, alguns previam até quebras maiores.
Mercado interno
Segundo Magalhães, esse não é o momento ideal para produtor vender seus cafés, é preciso aguardar um mercado mais estável e tranquilo. A maior parte das praças de café arábica seguiram a queda de Nova York.
O tipo cereja descascado continua maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 548,00 a saca -- estável. A queda mais expressiva dentre as praças de comercialização foi na cidade de Varginha-MG que teve queda de 9,26% e a saca está cotada a R$ 490,00.
O tipo 4/5 teve maior valor também em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 536,00 -- estável. A localidade com maior oscilação no dia foi Varginha-MG com queda 6,86% e saca cotada R$ 475,00.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Araguarí-MG que tem saca cotada a R$ 500,00 -- estável. A variação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com queda de 6,93% e saca cotada a R$ 470,00.
Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 6,66% e está cotado a R$ 455,34 a saca de 60 kg.