Com pecuaristas cautelosos, confinamento no Mato Grosso pode ter queda de 31,71% em 2020
O primeiro levantamento das intenções de confinamento em Mato Grosso, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontou que 31,71% dos participantes não pretendem confinar os animais neste ano. O estudo também destacou que 14,63% dos produtores não têm previsão para o confinamento em 2020.
Dentre as regiões pesquisadas, somente a centro-sul possui previsão, mesmo que leve, de aumentar a quantidade de animais confinados neste ano, com variação de 3,23% a mais em comparação com o resultado de 2019.
A maior parcela dos entrevistados (53,66%) afirmou que apresentam intenção de confinar em 2020. Com isso, a estimativa da quantidade de animais confinados este ano, até agora, é de 577.550 cabeças. “Esse valor é 16,45% menor em relação a abril/19 e 29,93% inferior em relação a outubro/19, quando foi realizado o levantamento final do ano passado”, apontou o estudo.
O Instituto ressalta que é comum um comportamento mais moderado no primeiro levantamento do ano (para se ter uma ideia, em 2019, a diferença entre o último levantamento e o primeiro foi de 19,23%). Além disso, as preocupações dos produtores estão voltadas às cotações do boi gordo devido ao menor consumo no mercado doméstico diante do cenário da pandemia da Covid-19.
Outro fator que acaba pesando na intenção de confinar são os preços dos insumos de suplementação que estão em altos patamares, assim como as cotações dos animais de reposição. "A compra de insumos está na média de 75,00% . Este cenário está 15 p.p acima de abr/18, o que pode ser pautado na maior preocupação com a competitividade de milho com as usinas de etanol", destacou.
No estado do Mato Grosso, quatro propriedades desativaram a estrutura de confinamento, o que inclusive, pode justificar a menor quantidade de unidades confinadoras neste levantamento. Assim, a capacidade estática em 2020 será de 811.230 cabeças, valor 8,62% menor do que 2019.
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