Boi: Cotação da arroba registra queda 1,5% em SP devido a dificuldade em escoar carne no mercado interno
No estado de São Paulo, a cotação da arroba no mercado físico registrou uma queda de 1,5% se comparado ao dia anterior em que está precificada R$ 194,00/@, à vista e livre de funrural. De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, a retração nos preços está sendo motivada pela a dificuldade em escoar a carne no mercado interno.
A consultoria ainda aponta em sua análise de mercado que existem ofertas de compras abaixo dessa referência na praça paulista, porém com baixo volume de negócios sendo efetivado. Em Goiânia, a queda nos preços foi de 1,6% na comparação realizada dia a dia.
Por meio do aplicativo AgroBrazil, os pecuaristas informaram negócios na região de Comodoro/MT para o boi gordo a R$ 185,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para abate em 21 de janeiro. Em Três Lagoas/MS, o valo negociado do boi gordo foi de R$ 180,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para abate em 20 de janeiro.
No município de Presidente Prudente/SP, o boi gordo foi negociado a R$ 190,00/@, à vista e com data para abate em 21 de janeiro. Em Santa Cruz do Rio Pardo/SP, foi informado negócios para o boi gordo ao redor de R$ 195,00/@, à vista e com data para abate em 17 de janeiro.
As indústrias frigoríficas continuam receosas com o fraco desempenho das vendas de carne no mercado atacadista e, com a consequente dificuldade no repasse dos custos do boi gordo para o consumidor final. “Parte dos frigoríficos voltou a se ausentar das negociações no dia de hoje, e a estratégia desses agentes é pautada na interpretação de que a maior ausência dos agentes demandantes de matéria-prima do mercado pode levar os pecuaristas a se tornarem mais dispostos a realizar novas negociações a preços inferiores, caso necessitem liquidar seus lotes”, ressaltou a Informa Economics FNP.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista da AgroAgility, Gustavo Figueiredo, destacou que pressão baixista nos preços está sendo influenciada pelo o mercado interno, na qual muitas indústrias estão negociando com cautela. “Os frigoríficos que atendem ao mercado interno é os que estão com mais receio de alongar as programações de abate. Então, eles vão tirando o pé para ver o que acontece”, relatou.
O analista explica que não é o excesso de oferta que está contribuindo para a queda nas referências, mas a falta de vontade dos frigoríficos de alongar as escalas de abate. “O que eu acredito é que quando tiver uma necessidade urgente de alongar as programações os frigoríficos vão sofrer para recompor as escalas neste preço mínimo”, disse Figueiredo.
Assista:
B3
No mercado futuro, os preços do boi gordo finalizaram a terça-feira (14) em campo misto nos principais contratos negociados na Bolsa Brasileira (B3). O vencimento Janeiro/20 terminou cotado a R$ 192,00/@ e com uma queda de 0,57% e o Fevereiro/20 registrou uma perda de 0,44% e precificado a R$ 191,50/@. Já contrato Março/20 finalizou o dia negociado a R$ 191,00 e com uma alta de 0,05%.
Confira como ficaram as cotações para o Boi Gordo nesta terça-feira:
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