Após três dias de queda, mercado futuro do boi gordo encerra com valorizações na B3

Publicado em 04/07/2019 17:11

Na Bolsa Brasileira (B3), o mercado futuro do boi gordo encerrou a sessão desta quinta-feira (04) com valorizações de 0,34% a 0,45% nos principais vencimentos. O contrato julho/19 terminou o pregão cotado a R$ 155,00/@, já o vencimento agosto/19 encerrou cotado a R$ 157,00/@ e o contrato outubro/19 a trabalhou a R$ 162,10/@.
 
Segundo a análise da Radar Investimentos, as previsões climáticas de queda nas temperaturas  para os próximos dias estão estimulando os pecuaristas a negociar os animais. “A possível chegada de um frio estimulou o pecuarista a vender os animais e a indústria praticamente abasteceu a segunda semana de julho”, apontou a consultoria.

Veja mais: 

>> Chegado do frio está estimulando os pecuarista a vender os animais, por Radar Investimentos
 
Em seu boletim diário, a consultoria Agrifatto apontou que arroba perdeu fôlego no mercado físico devido às escalas maiores, tendo em vista que as programações de abate atingiram o maior patamar em um mês. Na quarta-feira (03), as escalas estavam na média de 13,0 e 9,0 dias úteis nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
 
A Agrifatto destacou que as indústrias frigoríficas em São Paulo e Mato Grosso do Sul recuaram as compras em 0,53% e 0,94% nesta semana. “A facilidade de aquisição de matéria-prima por parte dos frigoríficos, na maioria das vezes, acarreta em indicações de compra menores”, destaca.

Reposição

De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, as referências para o mercado de reposição para o bezerro Nelore no estado de São Paulo estão ao redor de R$ 1.500,00 por cabeça. Já a reposição para o magro está em torno de R$ 2.110,00 por cabeço em São Paulo.

No caso da fêmea, os preços para a reposição da bezerra Nelore no estado de São Paulo estão próximos de R$ 1.170,00 por cabeça e a novilha em torno de R$ 1.390,00 por cabeça.

A Scot Consultoria relatou que nas últimas semanas, o mercado de reposição trabalhou mais fraco no Pará. Em uma análise mais longa, a demanda superior à oferta refletiu em valorizações para todas as categorias. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Associação de Criadores do Pará (Acripará), Maurício Fraga Filho, destacou que os preços de reposição estão altos devido a falta de oferta de animais. “Nos últimos meses, o estado do Pará realizou muitas negociações de garrote e bezerro em pé para a exportação e esses animais estão fazendo falta”, comenta.

Leia mais:

>> Mercado do boi gordo segue firme, por Scot Consultoria

Exportações
 
Nesta quinta-feira, a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) divulgou que as exportações totais de carne bovina (in natura + processada), alcançaram a 134, 377 toneladas em junho, obtendo-se uma receita de US$ 514,6 milhões, num crescimento de 107% no volume e de 93% na receita em relação ao mesmo mês de 2018.

Confira mais detalhes: 

>> Abrafrigo: Exportações totais de carne bovina crescem 107% em junho
 
De acordo com as informações do Cepea, o volume embarcado ficou próximo do recorde atingido em 2007. Esse cenário, somado ao dólar em elevado patamar ao longo deste ano, garantiu receita recorde de quase R$ 10 bilhões no primeiro semestre.

Leia mais: 

>> Boi: Receita com exportação no 1º semestre atinge recorde de quase R$ 10 bi

Confira como ficaram as cotações nesta quinta-feira:

>> BOI

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Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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