Boi recua em SP e outros estados com desova de safra e piora das pastagens
Gesner Fontana vendeu hoje e embarca segunda de Teodoro Sampaio para Bauru (Mondelli) 60 bois e conseguiu R$ 153. Mesmo preço que Juca Alves viu em Barretos. E igualmente à vista Francisco Brandão brigou para negociar no Mato Grosso do Sul 50 cabeças a R$ 142 e em Araçatuba, onde também cria e é vice-presidente do Siran, conseguiria R$ 152. O retrato do boi nesta terça (28) veio mantendo a linha de recuo.
E já se nota que outros estados saíram da relativa tranquilidade dos últimos dias. A desova de safra e pastos mais prejudicados se espalha.
Tem variado, em São Paulo, pelo menos, de acordo com o perfil regional da oferta e demanda e em razão da qualidade dos animais comuns. Por isso a Agrifatto registra médias de R$ 155 (prazo) e negócios com boi China no máximo nos R$ 157, que também emagreceu de preço.
Gustavo Rezende Machado, analista da Agrifatto, acredita que o fator exportação, sob demanda chinesa aquecida, ainda tem segurado as quedas em patamares menos dramáticos.
A Radar está com o registro de cotação da @ mais baixo para abrir os negócios na quarta (29): R$ 151,75 também nas praças paulistas, apesar de escalas médias não tão folgadas, 4,25 dias úteis. Entre frigoríficos que preferem não ficar escalados porque sabem que de agora em diante boi não faltará, há outros com programações até 15 de junho, segundo informou Douglas Coelho, sócio da corretora.
Na Scot, São Paulo segurou os mesmos (dos últimos quatro dias úteis) R$ 153,50 e R$ 155,50, mas da estabilidade de outras regiões importantes até ontem, nesta terça a consultoria conclui baixas em 10 das 32 praças pesquisadas diariamente. Goiânia foi a que mais perdeu dia a dia, 1,4%.
Minas (Norte, R$ 145), Mato Grosso do Sul (média de R$ 141/R$ 142) e Mato Grosso (Norte, R$ 135) são as mais importantes da lista, igualmente em queda.