Boi: Preço do bezerro sobe, mas a arroba permanece estável e poder de compra cai
Na primeira quinzena deste mês, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 (mercado paulista, à vista) registrou pequenas oscilações, mas a média da parcial de maio, de R$ 152,89, é 2,8% inferior à do mês anterior.
Já o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (Mato Grosso do Sul, animal nelore, de 8 a 12 meses) registra movimento de alta. Na parcial deste mês, a média está em R$ 1.295,48, alta de 3,5% em relação à de abril.
Nesse cenário, a relação de troca de um boi gordo (de 17 arrobas, com venda no mercado paulista) por bezerro (compra no mercado sul-mato-grossense) está em 2,01 bezerros, 6% abaixo da verificada em abril, quando a venda de um animal para abate possibilitava a aquisição de 2,14 animais de reposição.
A relação de troca atual é a mais desfavorável ao pecuarista de recria-engorda desde julho de 2017, quando a venda de um boi gordo possibilitava a compra de 1,89 bezerro, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de abril/19).
Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto os preços do boi gordo estão enfraquecidos, devido à pressão compradora, os do bezerro estão em alta, diante da postura mais firme de criadores.
Como as pastagens estão em boas condições em muitas regiões, parte dos produtores tem preferido manter o animal no pasto, à espera de maiores elevações nos preços.
Além disso, o período de vacinação contra a febre aftosa também afastou alguns criadores do mercado neste mês.
Suínos: baixa oferta e exportação firme elevam preços (Cepea)
No correr de 2019, dois fatores têm contribuído para que os preços praticados na cadeia suinícola se mantenham em patamares bastante superiores aos registrados no ano passado: a produção de suínos mais ajustada frente à de 2018 e o aumento contínuo das exportações.
Segundo colaboradores do Cepea, essa conjuntura, além de impulsionar os valores da carne no mercado interno, também tem elevado os preços do animal, desde o leitão até o suíno pronto para abate.
No Oeste Catarinense, o suíno vivo, posto no frigorífico, é negociado ao preço médio de R$ 3,89/kg na parcial deste mês (até o dia 15), avanço real de 32% frente ao mesmo período do ano passado.
Em Erechim (RS), no mesmo comparativo, a alta no preço do animal vivo foi de 34%, com valor médio de R$ 4,09/kg na parcial deste mês.
Quanto ao mercado de carnes, no atacado da Grande São Paulo, o quilo da carcaça especial suína teve valorização real de 30,2% na parcial deste mês frente ao mesmo período do ano passado, com negócios na média de R$ 6,59/kg (valores deflacionados pelo IPCA de abril/19).
Para a carcaça comum, no mesmo comparativo, a alta foi de 31,2%, a R$ 6,34/kg na parcial de maio.
Boi Gordo, por Radar Investimentos: O otimismo em relação às exportações é evidente no setor de proteína animal
O otimismo em relação às exportações é evidente no setor de proteína animal, principalmente no segundo semestre. No mercado interno, a carcaça ficou estável em R$10,16/kg. Já as ofertas de compra tiveram pouca alteração em relação ao dia anterior, com as programações de abate entre 21 e 24/mai.
Veja abaixo o relatório completo, com base nos dados de 15/05/2019.
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