Boi sai da semana 'de lado', com torcida para as compras sazonais (por Giovanni Lorenzon, do NA)

Publicado em 26/04/2019 18:53

Dentro do esperado, o boi terminou a semana encontrando resistências nas programações mais alongadas dos frigoríficos, mas também sem urgências dos vendedores. Entre manutenção dos preços dos últimos dias e alguns recuos moderados nesta sexta (26), a expectativa positiva - e pontual - fica para o ritmo de compras da próxima semana.

A avaliação semanal da Agrifatto trouxe redução da @ de 0,29% na semana na média Brasil. Em São Paulo, neste último dia útil, a queda foi 0,57%, cotada em R$ 157,28 (à vista), em no acumulado de 5 dias, -0,43%.

A Scot marcou os mesmos R$ 157 e R$ 158 (prazo) dos últimos 3 dias para Barretos e Araçatuba.

Francisco Brandão Filho, vice-presidente do Siran/Araçatuba, notou essa queda desde o final da última semana, e viveu ele mesmo a recua de um frigorífico local abrir preço para 90 bois pesados. "Eles não têm pressa e vamos ver o comportamento da terça e quinta", disse, acentuando a véspera e pós-feriado de 1º de maio.

A mesma lentidão nos negócios entre frigoríficos e produtores se reflete na carne no atacado. A Agrifatto registrou queda de 1,21% na semana e a carcaça casada saiu cotada em R$ 10,60.

Além de esperar a sazonalidade de vendas melhores na semana de pagamento e para o Dias das Mães (12/5), com os friogríficos saindo do conforto das escalas programadas até perto do fim da semana que vem (em SP, a Agrifatto fala em escalas de pouco mais de 9 dias), fica a expectativa do produtor negociar melhor já que tem folga de pastagens.

Lembra-se, porém, que na semana santa, com um dia a menos de negócios, as escalas até andaram. Ainda que já estivéssemos na segunda quinzena do mês, o feriadão de três dias sempre ajudaria, o que não se concretizou.

Estados

Na soma das consultorias, todas as principais praças produtoras e negociadoras de bois ficaram estáveis. Apenas a Scot viu leves recuos em Goiás.

Minas Gerais está com a @ mais próxima de SP, em torno dos R$ 148. E no Mato Grosso do Sul a estabilidade é mantida também pelas compras de unidades em São Paulo, como lembrou Brandão, do Siran.

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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