Analistas não falam em viés de baixa no boi, mas @ vive entre estabilidade e queda

Publicado em 24/04/2019 17:20
Expectativa agora é com o Dia das Mães

Mais do que esperar um escoamento da carne por conta dos salários de maio, o que não tem resultado em altas expressivas nos últimos meses, o mercado do boi vive a expectativa do Dia das Mães (12/5). Na base da pontualidade, já aparentemente sendo 'queimado' o feriado da quarta próxima, Dia do Trabalho, com os frigoríficos já escalados, a @ saiu hoje (24) mais fraca em São Paulo e em estabilidade na maioria de outras regiões importantes.

Os analistas ainda não consideram oficialmente inaugurado o viés de baixa - são cautelosos ao alinharem a safra atrasada e o bom regime de chuvas, combinando em oferta menor -, e consideram a situação desta quarta entre estabilidade e ajuste. Como Breno de Lima, em entrevista ao Notícias Agrícolas ao vivo. 

Pela Scot Consultoria, em Araçatuba e Barretos, a perda foi R$ 0,50 no à vista (R$ 157) e no prazo (R$ 158).

Pela Agrifatto, a média paulista recuou 0,06%, fixando em R$ 158,18. Já o Balizador GPB registrou negócios da R$ 160 nesta terça com boi inteiro, mas não informa se é boi China ou boi comum.

Se for considerado que desde o início da semana passada, em plena semana mais curta, as máximas observadas até o dia 12 não mais foram renovadas - ainda que se considere também a segunda quinzena tradicionalmente mais fraca -, a possível "estabilidade" tem os dias contados. Talvez com um repiquezinho pelas vendas do atacado e varejo esperadas para a festa das mães.

Para muitos produtores consultados, há uma chance bastante plausível do boi perder força de vez a partir da segunda quinzena de maio, com as chuvas mais rareadas, luminosidade mais fraca e temperaturas mais amenas. Pastos tendendo a perder qualidade e a necessidade de reposição podem dar uma descompassada nas vendas.

As estimativas são de uma desova mais lenta, cadenciada, mas, ainda assim, desova.

Regiões

No levantamento da Agrifatto, a cotação da @ ficou emparelhada com a véspera no Mato Grosso do Sul (R$ 145,50), Minas Gerais (R$ 148,00), Goiás (R$ 143,00), Pará (R$ 140,00) e Tocantins (R$ 142,00).

A Scot viu alta em Campo Grande, a R$ 144,00, R$ 1 acima de Três Lagoas, estável. A consultoria observou queda em três praças do Mato Grosso, mostrando folga da oferta. A @ mais barata no estado foi no Sudoeste, para R$ 138,00.

Nem sempre as referências são as mesmas em todas as praças. Em Coxim, no Mato Grosso do Sul, Jr. Sidoni, produtor, registrou R$ 2/@ a menos e firogríficos escalados para dia 5. 

 

 

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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